Anomalia de cromo nas águas subterrâneas de urânia no noroeste do Estado de São Paulo

Autores

  • M. L. N Almodovar USP; IG
  • A Pacheco USP; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia Econômica e Geofísica Aplicada; Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-8986.v26i0p1-12

Palavras-chave:

cromo, águas subterrâneas, anomalia, geoquímica, saúde pública

Resumo

A ocorrência de cromo nas águas subterrâneas da região noroeste do Estado de São Paulo tem-se configurado como uma grande preocupação, uma vez que as cidades possuem no recurso hídrico subterrâneo a única fonte de água para suprir suas necessidades. Esta pesquisa objetivou caracterizar a extensão da anomalia de cromo nas águas subterrâneas daquela região; desenvolver um estudo geoquímico das águas, sedimentos e rochas da cidade de Urânia; definir a relação saúde pública e a presença de cromo nas águas subterrâneas utilizadas para abastecimento público. Através das análises químicas de águas subterrâneas em localidades do noroeste paulista, feitas no período de 1977 a 1993, pela Companhia Estadual de Saneamento Básico (SABESP), sabe-se que esta anomalia estende-se a outros municípios da região noroeste do Estado. Estudos geoquímicos dos sedimentos da Formação Adamantina e rochas basálticas da Formação Serra Geral da cidade de Urânia mostraram que, enquanto as concentrações de cromo nos primeiros estão acima da média encontrada em sedimentos similares da crosta terrestre, nas rochas basálticas, as concentrações estão abaixo da média dos basaltos da crosta. Um levantamento sobre a saúde da população de Urânia, mostrou que não foi realizado nenhum estudo na região que comprovasse doenças causadas pela ingestão de água contendo cromo acima do limite de potabilidade. Através da integração dos dados e do estudo sistemático dos teores de cromo nas águas, sedimentos e rochas, chegou-se às seguintes conclusões: a anomalia de cromo estende-se além da cidade de Urânia, a outros municípios e distritos do noroeste paulista; a distribuição das concentrações de cromo é irregular, tanto temporal quanto espacialmente; a origem do cromo é discutível, apesar de fortes evidências de ser natural, são necessários estudos mais aprofundados; não se têm conclusões evidentes, se a anomalia de cromo causa problemas à saúde da população abastecida por estas águas.

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Publicado

1995-01-01

Edição

Seção

nao definida