Aspectos técnicos e financeiros da exploração do arquífero Botucatu no Brasil

Autores

  • Aldo da Cunha Rebouças

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-8978.v9i0p213-228

Resumo

São analisados os aspectos técnicos, financeiros e as perspectivas de explotação das águas do Arquífero Botucatu. A exploração desse reservatório subterrâneo é cada vez maior, devido os problemas de poluição criados pelo rápido desenvolvimento industrial e agrícola, a despeito da abundância de recursos hídricos superficiais nessa região. Trata-se de um manancial não contaminado e muito bem protegido. A proteção do arquífero é proporcionada por uma espessa camada de rochas basálticas que constitue o seu confinante. No domínio brasileiro da bacia geológica do Paraná, o reservatório subterrâneo tem cerca de 800.000 km² de área e espessuras que crescem da periferia para o centro da bacia, onde atingem perto de 800 metros. As vazões dos poços, cujas profundidades podem atingir mais de 2 000 metros, variam de 100 a mais de 1 000 metros cúbicos por hora. Os custos de produção do metro cúbico variam de 40 a 200 centavos de cruzeiro, ou seja de 2,4 a 11,5 centavos de dólar americano. Tais custos correspondem à cerca da metade daqueles relativos às fontes superficiais mais comumente utilizadas para o abastecimento público. Dentre as perspectivas de explotação destacam-se o abastecimento das cidades mais importantes da área e uso do seu grande potencial hidrotermal para desenvolvimento de centros de lazer, etc.

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Publicado

1978-12-01

Edição

Seção

nao definida