Composição isotópica de carbono e oxigênio de conchas de pelecípodos do litoral brasileiro e seu significado ambiental

Autores

  • J. R. M. da Silva USP; Instituto de Geociências
  • E Salati Centro de Energia Nuclear na Agricultura
  • K Suguio Centro de Energia Nuclear na Agricultura

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-8978.v10i0p79-90

Resumo

Foram determinadas as composições isotópicas de carbono e oxigênio de conchas calcárias de pelecípodos marinhos atuais e antigos de idades medidas pelo método do radiocarbono. As amostras atuais foram coletadas ao longo do litoral brasileiro para identificar possíveis variações isotópicas impressas nas conchas de pelecípodos nesta área. As amostras de pelecípodos marinhos antigos foram coletadas, na sua maioria, na planície Cananéia-Iguape, Estado de São Paulo. Os valores de composições isotópicas destas amostras são correlacionáveis às oscilações do nível do mar durantp o Holoceno, cujas fases transgressivas e regressivas imprimiram características isotópicas nas conchas dos moluscos. Foram também analisadas amostras de conchas de pelecípodos atuais de água doce para se determinar os limites de δC13 e de δO18 de ambientes fluviais e lacustres. Os resultados obtidos demonstram que as composições isotópicas separam as conchas de moluscos de ambientes marinhos dos de ambientes continentais em grupos bem distintos, como havia sido previamente verificado alhures. Este fato demonstra que o controle biológico é superado pelo controle ambiental nos mecanismos de fracionamento isotópico.

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Publicado

1979-12-01

Edição

Seção

nao definida