Por que não avança a avaliação ambiental estratégica no Brasil?

Autores

  • Luis Enrique Sánchez Universidade de São Paulo; Escola Politécnica

Palavras-chave:

Planejamento, Políticas públicas, Impactos socioambientais, Objetivos de desenvolvimento sustentável

Resumo

Embora discutida em certos círculos acadêmicos e governamentais há mais de vinte anos, a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) pouco avança no país. São conhecidos cerca de 40 AAE, mas seus resultados são pífios, se considerada sua influência sobre processos decisórios. A AAE não deveria estar limitada a planos, programas ou políticas de setores cujos principais projetos já são objeto de licenciamento ambiental, mas voltada primordialmente para políticas públicas cujas consequências socioambientais são hoje amplamente ignoradas, a exemplo das macroeconômicas. Para avançar, é preciso evidenciar as vantagens da AAE para os tomadores de decisão e encontrar formas de superar a desconfiança que tem os políticos, em todos os níveis de governo, de um processo que percebem como redutor de sua margem de discrição e poder decisório. Inevitavelmente, a AAE exige maior transparência e melhor governança. Esse é o grande obstáculo à sua adoção no Brasil.

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Publicado

2017-04-01

Edição

Seção

Dilemas ambientais e fronteiras do conhecimento II

Como Citar

Sánchez, L. E. (2017). Por que não avança a avaliação ambiental estratégica no Brasil?. Estudos Avançados, 31(89), 167-183. https://revistas.usp.br/eav/article/view/132425