O azarado Macunaíma

Autores

  • Priscila Figueiredo Universidade de São Paulo; Fculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

Palavras-chave:

Macunaíma, Morfologia da história, Mito, Progresso, Entropia, Inorgânico

Resumo

Qual o sentido dos infortúnios sucessivos de Macunaíma, sobretudo nos capítulos finais, quando, de posse do amuleto da sorte, nem por isso esta lhe sobrevém, mas ao contrário segue-se um processo cada vez mais acelerado de degradação entrópica? Umas das finalidades do artigo é mostrar, por um lado, o caiporismo do personagem como repetição estrutural, desenvolvido no âmbito da "morfologia da história" captada pelo livro, e, por outro, como esse azar permanente funciona como significante mítico de um permanente desamparo. Nesse sentido, o personagem é compreendido como uma síntese das experiências do vasto setor da população brasileira que Caio Prado Jr. chamou de inorgânico. Tal interpretação tem consequências para pensar a inadvertida mimese do real operada pela obra e a relação com a noção de progresso aí sugerida.

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Publicado

2017-04-01

Edição

Seção

Arte, Literatura e Cinema