A estrutura das revoluções científicas na economia e a Revolução Keynesiana

Autores

  • José Guilherme Silva Vieira Centro Universitário Santa Cruz Autor
  • Ramón Garcia Fernández Fundação Getulio Vargas. Escola de Economia de São Paulo Autor

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-41612006000200007

Palavras-chave:

Thomas Kuhn, paradigmas, Revolução Keynesiana

Resumo

O ponto de partida deste trabalho é a obra "A estrutura das revoluções científicas" de Thomas Kuhn. O esquema analítico kuhniano entende essencialmente a evolução da(s) ciência(s) como uma sucessão de períodos de "ciência normal" interrompidos excepcionalmente por "revoluções científicas" que levam a "mudanças de paradigmas". O presente artigo pretende analisar se esse esquema pode ser aplicado à ciência econômica. A evidência sugere que a Revolução Keynesiana pode ser tratada como o melhor exemplo de uma revolução kuhniana na economia; contudo, esse modelo não é tão feliz ao explicar o colapso desse paradigma.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Arida, P. A história do pensamento econômico como teoria e retórica. In: Gala. P.;

Rego, J. M. (orgs.), A história do pensamento econômico como teoria e retórica:

ensaios sobre metodologia em economia. São Paulo: Ed. 34, 2003, p. 13-44.

Bianchi, A. M. Muitos métodos é o método: a respeito do pluralismo. Revista de

Economia Política, v. 12, n. 2, p. 135-142, 1992.

Biven, W. C. Quem matou John Maynard Keynes? São Paulo: McGraw-Hill, 1990.

Caldwell, B. J. Beyond positivism – economic methodology in the twentieth century.

Londres: George Allen & Unwin, 1984.

Callebaut, W. Taking the naturalistic turn. Chicago: University of Chicago Press, 1993.

Chalmers, A. F. O que é ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1994.

Deane, P. The evolution of economics ideas. Cambridge: Cambridge University Press, 1978.

Earp, F. S. Muito além de Thomas Kuhn: da história do pensamento econômico a história da ciência econômica. Revista de Economia Política, v. 16, n. 1, 1996.

Fernández, R. G. Retórica y economia: argumentos a favor del pluralismo y de la conversación civilizada. In: Scarano, E. (ed.), Metodología de las ciencias sociales:

lógica, lenguage y racionalidad. Buenos Aires: Macchi, 1999, p. 283-301.

Fuller, S. Thomas Kuhn: a philosophical history for our times. Chicago: University

of Chicago Press, 2000.

Galbraith, J. K. A era da incerteza. São Paulo: Pioneira, 1986.

Hands, D. W. Reflection without rules: economic methodology and contemporary

science theory. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.

Hobsbawm, E. Adeus a tudo aquilo. In: Blackburn, R. (org.), Depois da queda. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992, p. 93-106.

Keynes, J. M. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Atlas, 1996.

Klamer, A. Conversas com economistas. Os novos economistas clássicos e seus opositores

falam sobre a atual controvérsia em macroeconomia. São Paulo: Edusp, 1988.

Kuhn, T. S. Reflexões sobre meus críticos. In: Lakatos, I.; Musgrave, A. (orgs.), A

crítica e o desenvolvimento do conhecimento. São Paulo: Cultrix, 1979.

Kuhn, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 3.ª edição. São Paulo: Perspectiva, 2000.

Lakatos, I. O falseamento e a metodologia dos programas de pesquisa científica. In:

Lakatos, I.; Musgrave, A. (orgs.), A crítica e o desenvolvimento do conhecimento. São Paulo: Cultrix, 1979, p.109-243.

Lakatos, I.; Musgrave, A. (orgs.), A crítica e o desenvolvimento do conhecimento. Trad.

Octávio Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix, 1979.

Marshall, A. Princípios de economia. São Paulo: Abril Cultural, 1982. (Col. Os Economistas).

Masterman, M. A natureza de um paradigma. In: Lakatos, I.; Musgrave, A. (orgs.),

Op cit, 1979.

Oliva, A. Kuhn: o normal e o revolucionário na reprodução da racionalidade científica.

In: Portocarrero, V. (org.), Filosofia, história e sociologia das ciências: abordagens

contemporâneas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1994, p. 67-102.

Samuelson, P. Introdução à análise econômica. Rio de Janeiro: Agir, 1975.

Samuelson, P. Curso de economia moderna: una descripción analítica de la realidad económica. Trad. José Luis Sampedro. Madrid: Aguilar, 1950.

Shapere, D. The structure of scientific revolutions. Philosophical Review, LXXIII, p. 383-394, 1964.

Silveira, A. M. da. A indeterminação de Senior. Revista de Economia Política, v. 11,

n. 4, p. 70-88, 1991.

Silveira, A. M. da. A sedição da escolha pública: variações sobre o tema de revoluções científicas. Revista de Economia Política, v. 16, n. 1, p. 37-56, 1996.

Solow, R The state of economics. American Economic Review, v. LXIX, p. 43-68, 1971.

Vieira, J. G. S. A estrutura das revoluções científicas em economia: a constituição do

paradigma keynesiano e sua crise. 2002. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico, UFPR.

Downloads

Publicado

01-06-2006

Edição

Seção

Não definida