Um conceito de classe

Autores

  • Homero Santiago Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2014.83773

Palavras-chave:

Antonio Negri, multidão, espinosismo, classe

Resumo

Com o conceito de “multidão”, o filósofo italiano Antonio Negri quer designar o surgimento de um novo sujeito coletivo capaz de fazer frente ao domínio capitalista tal como tomou forma no mundo contemporâneo, o que ele nomeia “Império”. Daí a centralidade da multidão na trilogia que Negri publicou nos últimos anos com Michael Hardt: Império, Multidão, Commonwealth. Uma peculiaridade do conceito, reiterada por Negri, é consistir num “conceito de classe”. O que isso quer dizer? Nosso propósito é, partindo dessa indicação, retomar o fio do surgimento da “multidão” nos textos negrianos da década de 70, mostrar como o conceito é tomado a Espinosa (Negri sempre o dá como um conceito “espinosano”) e por fim, com base no percurso, entender esse aspecto “classista” da multidão negriana e espinosana. Com efeito, a partir de Espinosa o que Negri descobre é uma nova forma de pensar a classe explorada pelo capital; com o conceito de multidão ele consegue formular um conceito não empírico de classe, o único que, ao seu ver, daria conta de designar, hoje, a classe que pode enfrentar o Império.

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Publicado

2014-06-06

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