Brazilian funk as the herald of a new social order: a semiotic analysis of the internet music video “Beijinho no ombro” and its reception in social media
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2016.120532Palavras-chave:
Análise semiótica, Sincretismo, Semissimbolismo, Videoclipe, Semiótica musicalResumo
O presente artigo tem por objetivo analisar o clipe de “Beijinho no ombro” — um grande sucesso brasileiro nas redes sociais que alcançou, em três meses, mais de nove milhões de visualizações no YouTube em 2014 — discutindo tanto os processos pelos quais estabelecem-se homologias entre categorias do expressão e do conteúdo — as assim chamadas comutações de Hjelmslev — e suspensões — o conceito de “sincretismo” do linguista dinamarquês (Hjelmslev, 2003) — no texto audiovisual, e os efeitos de sentido criados dessa forma. O tratamento analítico assimila algumas das contribuições de Eric Landowski para as discussões sobre os regimes de interação intersubjetivos (Landowski, 1997, 2006) e seu impacto no estudo dos assim chamados estados de alma, desenvolvidos com profundidade por Greimas e Fontanille em seu Semiótica das paixões (Greimas; Fontanille, 1993). O objeto de análise visa, além dissop, ilustrar a abordagem metodológica proposta pelo autor e que pode ser aplicada a vários corpora considerando o repertório audiovisual. Tal abordagem, uma extensão natural do tratamento greimasiano do plano do conteúdo e dos desenvolvimentos de Floch para o plano da expressão, oferece como contribuição a proposta de uma metodologia que, partindo das figuras de expressão e de suas homologações e relações semissimbólicas com as categorias do conteúdo, detectará então as projeções em cada um dos três níveis do percurso gerativo. Assim, não apenas o papel dos meios de manifestação no processo de geração de efeitos de sentido pode ser melhor avaliado, mas também as possibilidades de uma abordagem gerativa que inclui as estruturas textuais — mais do que a exclusão explícita que aparece no Dicionário de Semiótica (Greimas; Courtés, 1991: 208) — podem ser discutidas.Downloads
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Copyright (c) 2016 Ricardo Nogueira de Castro Monteiro
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