Poder, violência e revolução no pensamento político de Hannah Arendt

Autores

  • André Duarte Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v21i3p13-27

Palavras-chave:

Arendt, violência, poder, revolução.

Resumo

Discuto as distinções arendtianas entre poder e violência, referindo-as à sua análise das modernas revoluções. Após retraçar aquela distinção, discuto o seu caráter relacional e contesto as críticas que asseveram seu caráter supostamente rígido e essencialista. Ao enfatizar seu caráter relacional, argumento que tais distinções nos permitem compreender a natureza de fenômenos distintos em suas intrínsecas relações, de modo que não se poderia pensar a política sem a violência ou o público sem o privado. Finalmente, argumento que o legado de sua análise das revoluções reside em sugestões para revitalizar o exercício da democracia no presente.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Arendt, H. (1970). On violence. Orlando: Harcourt Brace Jovanovich.

___________. (1972). Crisis of the Republic. New York: Harcourt Brace.

___________. (1977). “Public Rights and Private Interests, in response to Charles Frankel”. In: Small Comforts for Hard Times, Humanists on Public Policy. New York: Columbia University Press.

___________. (1979). “Hannah Arendt on Hannah Arendt”. In: M. Hill (ed.). The recovery of the public world. Nova York: St. Martin’s Press.

___________. (1987). On Revolution. Harmondsworth: Penguin Books.

___________. (1989). The Human Condition. Chicago: University of Chicago Press.

___________. (1993) Between Past and Future. Eight exercises in political thought. New York: Penguin Books.

___________. (1993a). Was ist Politik? Aus dem Naclaß. U. Ludz (ed.). Munique: Piper Verlag.

___________. (2006). “Trabalho, obra, ação” . Tradução de Adriano Correia. In: Hannah Arendt e a condição humana. Salvador: Quarteto editora.

Benhabib, S. (1996). The reluctant modernism of Hannah Arendt. Thousand Oaks: Sage Publications.

Duarte, A. (2000). O pensamento à sombra da ruptura: política e filosofia em Hannah Arendt. São Paulo: Paz e Terra.

___________. (2007). “Hannah Arendt, Biopolitics and the problem of violence: from animal laborans to homo sacer”. In: D. Stone, R. King (eds.): Hannah Arendt and the uses of History: imperialism, nation, race and genocide. London: Berghahn Books, v.1.

___________. (2009). “Poder e violência no pensamento político de Hannah Arendt: uma reconsideração.” In: Arendt, H. Sobre a Violência. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

___________. (2012). Pensée de la communauté et action politique: vers le concept de communautés plurielles. Rue Descartes, 4(76). Recuperado de: http://www.cairn.info/revue-rue-descartes-2012-4-page-20.htm. Acesso em: 24 nov. 2015.

___________. (2012a). Singularização e subjetivação: Arendt, Foucault e os novos agentes políticos do presente. Principios, 19, pp.10-34.

Enegrén, A. (1984). La Pensée Politique de Hannah Arendt. Paris: PUF.

Esposito, R. (1999). ¿El origen de la política: Hannah Arendt o Simone Weil? Barcelona: Paidós.

____________. (2006). Categorías de lo impolítico. Buenos Aires: Katz Editores.

Habermas, J. (1980). Habermas. Barbara Freitag; Sérgio Paulo Rouanet (orgs.). Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo: Ática.

Honig, B. (1995). “Toward an Agonistic Feminism”. In: Feminist Interpretations of Hannah Arendt. B. Honig (ed.). Pennsylvania: Penn State University Press.

Koselleck, R. (2006). Futuro Passado. Tradução de Wilma Maas e Carlos Pereira. Rio de Janeiro: Editora Contraponto.

Rawls, J. (2000). Liberalismo Político. São Paulo: Ática.

Sauhí, A. (2002). Razón y Espacio Público. Arendt, Habermas y Rawls. Mexico, DF: Ediciones Coyoacán.

Downloads

Publicado

2016-12-17

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Poder, violência e revolução no pensamento político de Hannah Arendt. (2016). Cadernos De Filosofia Alemã: Crítica E Modernidade, 21(3), 13-27. https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v21i3p13-27