A técnica logística no toyotismo: uma aproximação geográfica do just-in-time

Autores

  • André Simplício Carvalho Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2017.96023

Palavras-chave:

Just-in-time. Globalização. Toyotismo. Técnica. Redes.

Resumo

Entre outros sistemas de ordenamento logístico, o just-in-time é muito citado por geógrafos dedicados a estudos sobre economia e transporte – especialmente no contexto do toyotismo –, mas pouco esclarecido. Assim, propõe-se neste artigo esclarecer o que é exatamente o just-in-time, contextualizando-o no âmago das mudanças do processo produtivo que consolidou a globalização a partir da década de 1970, ensejando sua aproximação geográfica. Essa aproximação permite interpretar o just-in-time como uma técnica de ordenamento de fluxos que se revela no espaço como uma rede, ordenada por uma lógica produtiva de desperdício zero.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • André Simplício Carvalho, Universidade Federal de Minas Gerais

    Graduou-se bacharel e licencaido em Geografia pela Universidade Federal de Viçosa em janeiro de 2011, tendo sido por duas vezes bolsista de iniciação científica e participado de outras atividades acadêmicas, como representação discente em colegiados superiores. Ingressou no mestrado em Geografia em março de 2012 na Universidade Federal do Espírito Santo, onde realizaou pesquisa na área de Geografia Urbana sob a orientação da professora Ana Lucy Oliveira Freire, tendo defendido sua dissertação em abril de 2014. Desde fevereiro de 2014 se encontra vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Minas Gerais como doutorando.

Referências

AUTOMOTIVE NEWS, [s.d]. Disponível em: http://www.autonews.com/section/datalist11. Acesso em: 17 abr. 2017.

BENKO, G. Economia, espaço e globalização na aurora do século XXI. São Paulo: Hucitec, 1996.

CHRISTOPHER, M. Logistics and supply chain management: creating value-adding networks. New York: Pearson Education Limited, 2011.

COE, N. M.; DICKEN, P.; HESS, M. Global Production Networks: realizing the potential. Journal of Economic Geography, Oxford, UK, n. 8, p. 271-295, 2008.

CORRÊA, R. L. Interações espaciais. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. C.; CORRÊA, R. L. Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 1997. p. 279-318.

CORRÊA, R. L. Dimensões de análise de rede geográfica. In: Trajetórias Geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. p. 107-120.

CORIAT, B. Pensar pelo avesso: o modelo japonês de trabalho e organização. Rio de Janeiro: Revan/UFRJ, 1994.

CORÓ, G. Logística, economia global e desafios para o Made in Italy. In: MONIÉ, F.; SILVA, G. A mobilização produtiva dos territórios: instituições e logística do desenvolvimento local. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. p. 99-142. (Coleção Espaços do desenvolvimento).

COUTINHO, L. O desenvolvimento urbano no contexto da mudança tecnológica. In: GONÇALVES, M. F. (Org.). O novo Brasil urbano: impasses, dilemas, perspectivas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1995. p. 41-62.

DIAS, L. C. Redes de informação, grandes organizações e ritmos de modernização. Etc... Espaço, Tempo e Crítica (Online), n. 2, v. 1, jun. 2007.

DIAS, L. C. Redes: emergência e organização. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. C.; CORRÊA, R. L. (Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 1994. p. 141-164.

FORD, H. Today and tomorrow. Reprint ed. Portland, OR: Productivity Press, 1988.

HARVEY, D. A condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1992.

HUMMELS, D. Transportation Costs and International Trade in the Second Era of Globalization. Journal of Economic Perspectives, v. 21, n. 3, p. 131-154, 2007.

HUMMELS, D. ISHII, J.; YI, K.-M. The nature and growth of vertical specialization in world trade. Journal of International Economics, v. 54, n. 1, p. 75-96, 2001.

HUTCHINS, D. Just-in-time. Trad. S. M. Corrêa. São Paulo: Atlas, 1993.

LENCIONI, S. Da cidade e sua região à cidade-região. In: SILVA, J. et al. (Org.). Panorama da geografia brasileira. São Paulo: Annablume, 2006. v. 1. p. 65-76.

LE GOFF, J. Para um novo conceito de Idade Média. Lisboa: Estampa, 1979.

LIKER, J. K. O modelo Toyota: 14 princípios de gestão do maior fabricante do mundo. Porto Alegre: Bookman, 2005.

LUDD, N. A importância do carro na economia moderna. In: LUDD, N. (Org.). Apocalipse motorizado: a tirania do automóvel em um planeta poluído. São Paulo: Conrad, 2005. p. 15-32. (Coleção Baderna.)

MCCANN, P. Globalization and economic geography: the world is curved, not flat. Cambridge Journal of Regions, Economy and Society, Oxford, UK, n. 1, p. 351-370, 2008.

MOREIRA, R. Da região à rede e ao lugar: a nova realidade e o novo olhar geográfico sobre o mundo. Etc... Espaço, Tempo e Crítica (Online), v. 1, n. 1, p. 55-70, jun. 2007.

OHNO, T. O sistema Toyota de produção: além da produção em larga escala. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

PONS, J. M. S.; BEY, J. M. P.; REYNÉS, M. R. M. Nuevas perspectivas para la geografía de los transportes: algunas aportaciones temáticas y conceptuales del nuevo milenio. In: SILVEIRA, M. R. (Org.). Circulação, transportes e logística. São Paulo: Outras Expressões, 2011. (Coleção Geografia em Movimento).

RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. Trad. Marília Cecília França. São Paulo: Ática, 1993.

RUSHTON, A.; CROUCHER, P.; BAKER, P. The handbook of logistics and distribution management. London: Koren Page, 2010.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2009[1996].

SANTOS, M. Por uma outra globalização. São Paulo: Record, 2000.

SANTOS, M. Técnica, espaço e tempo. São Paulo: Edusp, 1994.

SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Edusp, 1988.

SANTOS, M. Espaço e método. São Paulo: Edusp, 1985.

SILVEIRA, M. R. Geografia da circulação, transportes e logística: construção epistemológica e perspectivas. In: SILVEIRA, M. R. (Org.). Circulação, transportes e logística. São Paulo: Outras Expressões, 2011. (Coleção Geografia em Movimento).

SUTHERLAND, J. L. Logistics from a Historical Perspective. In: TAYLOR, G. D. (Org.). Introduction to logistics engineering. Nova York: CRC, 2009.

TAVARES, H. M. Novos espaços industriais: o papel do Estado. In: GONÇALVES, M. F. (Org.). O novo Brasil urbano: impasses, dilemas, perspectivas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1995. p. 203-216.

WOMACK, J. P.; JONES, D. T.; ROOS, D. A máquina que mudou o mundo: baseado no estudo do MIT sobre o future do automóvel. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

WOOD, T. Fordismo, toyotismo e volvismo: os caminhos da indústria em busca do tempo perdido. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, n. 32, n. 4, p. 6-18, 1992.

Downloads

Publicado

2017-08-14

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A técnica logística no toyotismo: uma aproximação geográfica do just-in-time. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 21, n. 1, p. 32–47, 2017. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2017.96023. Disponível em: https://revistas.usp.br/geousp/article/view/96023.. Acesso em: 28 mar. 2024.