A macroflora artinskiana do Membro Siderópolis, Formação Rio Bonito e sua correlação estratigráfica com outras eopermianas da Bacia do Paraná, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v16i4p65-85Palavras-chave:
Glossopteris, Flora Gondvânica, Artinskiano.Resumo
Apresenta-se aqui uma síntese da composição da paleoflora preservada em siltitos argilosos do Membro Siderópolis, Formação Rio Bonito tendo como objetivo estabelecer comparações fitoestratigráficas com outras paleofloras neopensilvanianas e cisuralianas da Bacia do Paraná. A Formação Rio Bonito, a mais importante das unidades litoestratigráficas portadoras de carvão da Bacia do Paraná, pertence à supersequência Gondwana I (Pensilvaniano-Eotriássico). A paleoflora Siderópolis ocorre nas camadas de carvão mais superiores da Formação Rio Bonito na região carvoeira de Santa Catarina, em quatro áreas distintas do Estado de Santa Catarina: Lauro Muller, Criciúma, São Marcos e Treviso. Na paleoflora, as folhas de glossopterídeas predominam com um evidente domínio do gênero Glossopteris sobre Gangamopteris, seguido por folhas cordaitaleanas (Noeggerathiopsis) e sementes (Cordaicarpus, Samaropsis, Cornucarpus). Frondes estéreis são comuns havendo poucas férteis (Sphenopteris, Pecopteris, Ponsotheca, Notoangaridium). Estruturas reprodutivas pteridospérmicas (Arberia, Arberiopsis, Ottokaria) e ramos de coníferas (Brasilocladus, Buriadia) são raros. Em relação a outras paleofloras da bacia, a de Siderópolis distingue-se por apresentar diversidade mais alta e muitos táxons exclusivos mostrando apenas umas poucas semelhanças com algumas paleofloras registradas no Rio Grande do Sul, ocorrendo em afloramentos do Rio Bonito tais como Morro do Papaléo (porção superior) e Quitéria. Essas diferenças podem refletir uma posição estratigráfica superior, mas pode também indicar diferenças em condições de sedimentação e / ou paleoecológicas.
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