A macroflora artinskiana do Membro Siderópolis, Formação Rio Bonito e sua correlação estratigráfica com outras eopermianas da Bacia do Paraná, Brasil

Autores

  • Mary Elizabeth Cerruti Bernardes-de-Oliveira Universidade de São Paulo - USP, Laboratório de Paleobotânica e Palinologia, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental - GSA, Programa de Pós-graduação em Geoquímica e Geotectônica, São Paulo.
  • Sandra Eiko Mune Universidade de São Paulo - USP, Laboratório de Paleobotânica e Palinologia, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental - GSA, Programa de Pós-graduação em Geoquímica e Geotectônica, São Paulo.
  • Maria Judite Garcia Universidade de São Paulo - USP, Laboratório de Paleobotânica e Palinologia, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental - GSA, Programa de Pós-graduação em Geoquímica e Geotectônica, São Paulo.
  • Roberto Iannuzzi Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Instituto de Geociências, Porto Alegre.
  • Margot Guerra-Sommer Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Instituto de Geociências, Porto Alegre.
  • André Jasper Centro Universitário UNIVATES, Lageado.
  • Pauline Sabina Kavali Universidade de São Paulo - USP, Laboratório de Paleobotânica e Palinologia, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental - GSA, Programa de Pós-graduação em Geoquímica e Geotectônica, São Paulo. Birbal Sahni Institute of Palaeosciences, Lucknow.
  • Mahesh Shivanna Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Instituto de Geociências, Porto Alegre.
  • Karoline Gonçalves Pereira Universidade Guarulhos - UnG, Guarulhos.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v16i4p65-85

Palavras-chave:

Glossopteris, Flora Gondvânica, Artinskiano.

Resumo

Apresenta-se aqui uma síntese da composição da paleoflora preservada em siltitos argilosos do Membro Siderópolis, Formação Rio Bonito tendo como objetivo estabelecer comparações fitoestratigráficas com outras paleofloras neopensilvanianas e cisuralianas da Bacia do Paraná. A Formação Rio Bonito, a mais importante das unidades litoestratigráficas portadoras de carvão da Bacia do Paraná, pertence à supersequência Gondwana I (Pensilvaniano-Eotriássico). A paleoflora Siderópolis ocorre nas camadas de carvão mais superiores da Formação Rio Bonito na região carvoeira de Santa Catarina, em quatro áreas distintas do Estado de Santa Catarina: Lauro Muller, Criciúma, São Marcos e Treviso. Na paleoflora, as folhas de glossopterídeas predominam com um evidente domínio do gênero Glossopteris sobre Gangamopteris, seguido por folhas cordaitaleanas (Noeggerathiopsis) e sementes (Cordaicarpus, Samaropsis, Cornucarpus). Frondes estéreis são comuns havendo poucas férteis (Sphenopteris, Pecopteris, Ponsotheca, Notoangaridium). Estruturas reprodutivas pteridospérmicas  (Arberia, Arberiopsis, Ottokaria) e ramos de coníferas (Brasilocladus, Buriadia) são raros. Em relação a outras paleofloras da bacia, a de Siderópolis distingue-se por apresentar diversidade mais alta e muitos táxons exclusivos mostrando apenas umas poucas semelhanças com algumas paleofloras registradas no Rio Grande do Sul, ocorrendo em afloramentos do Rio Bonito tais como Morro do Papaléo (porção superior) e Quitéria. Essas diferenças podem refletir uma posição estratigráfica superior, mas pode também indicar diferenças em condições de sedimentação e / ou paleoecológicas.

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Publicado

2016-12-16

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A macroflora artinskiana do Membro Siderópolis, Formação Rio Bonito e sua correlação estratigráfica com outras eopermianas da Bacia do Paraná, Brasil. (2016). Geologia USP. Série Científica, 16(4), 65-85. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v16i4p65-85