Análise de fácies e petrografia de uma seção do Membro Crato em Nova Olinda (CE): contribuições à história deposicional e diagenética do neoaptiano na Bacia do Araripe

Autores

  • Felipe Holanda dos Santos Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Instituto de Geociências.
  • Juan Moreira de Azevedo Universidade Federal do Ceará – UFC, Departamento de Geologia.
  • Daniel Rodrigues do Nascimento Junior Universidade Federal do Ceará – UFC, Departamento de Geologia.
  • Ana Clara Braga de Souza Universidade Federal do Ceará – UFC, Departamento de Geologia.
  • Marcio Mendes Universidade Federal do Ceará – UFC, Departamento de Geologia.
  • Irineudo Bezerra Universidade Federal do Ceará – UFC, Departamento de Geologia.
  • Saulo Limaverde Universidade Federal do Ceará – UFC, Departamento de Geologia.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-319

Palavras-chave:

Bacia do Araripe, Membro Crato, Análise de fácies, Diagênese.

Resumo

Na Bacia do Araripe, o Membro Crato é uma das mais importantes unidades estratigráficas por seu conteúdo fossilífero, seu contexto análogo ao das “Camadas Pré-Sal” e seu aproveitamento econômico como material de revestimento. Neste trabalho, análises de fácies e petrográficas foram combinadas no estudo de uma seção do Membro Crato em Nova Olinda (CE), com o intuito de investigar sua história deposicional e diagenética. Para tanto, a faciologia de uma seção colunar contínua de cerca de 70 m de espessura foi analisada com a coleta de 13 amostras de rochas carbonáticas, siliciclásticas e evaporíticas. As amostras foram analisadas por petrografia ótica. Foram descritas cinco fácies deposicionais: lamito margoso (Lm), calcilutito laminado (Cl), arenito maciço (Am), siltito com laminação cruzada cavalgante (Scc) e evaporito colunar (Ec). As fácies mais espessas e recorrentes foram interpretadas como lacustres (Lm, Cl), seguidas de sucessões aluviais (Am, Scc) em meio aos intervalos lacustres. A sucessão termina com indícios faciológicos de que condições de extrema aridez (Ec) foram atingidas ao final do intervalo descrito. A petrografia, aqui focada em rochas das fácies Cl, Am e Scc, reforça a ideia de que o intervalo do Aptiano local correspondia a um sistema lacustre árido, eventualmente alimentado por fluxos aluviais imaturos a partir de áreas-fontes próximas. Em particular, o baixíssimo grau de compactação mecânica e cimentação incipiente das rochas terrígenas sugere que a sucessão foi pouco afetada por diagênese após seu soterramento, que foi, por essa razão, pouco profundo. A semelhança dos intervalos terrígenos do Membro Crato com aqueles descritos para a porção final da sotoposta Formação Barbalha sugere contemporaneidade com passagem transicional retrogradante entre as duas unidades.

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Publicado

2017-04-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Análise de fácies e petrografia de uma seção do Membro Crato em Nova Olinda (CE): contribuições à história deposicional e diagenética do neoaptiano na Bacia do Araripe. (2017). Geologia USP. Série Científica, 17(1), 3-18. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-319