Mapeamento das morfologias de alteração das rochas do Paço Imperial, Rio de Janeiro

Autores

  • Amanda Menezes Ricardo Departamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
  • Kátia Leite Mansur Departamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
  • Emilio Velloso Barroso Departamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
  • Fernanda Senra Departamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
  • Gabriela Avellar Departamento de Geologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
  • Roberto Carlos da Conceição Ribeiro Centro de Tecnologia Mineral (CETEM/MCT)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-305

Palavras-chave:

Paço Imperial, Geoconservação, Intemperismo.

Resumo

O Paço Imperial é uma edificação do período colonial localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro e com valor histórico e cultural. Para a sua construção, no século XVIII, foram utilizados dois tipos de gnaisses oriundos das pedreiras da própria cidade. O primeiro é um gnaisse grosso com estrutura oftálmica dada por megacristais de microclinio e matriz granítica, enquanto o segundo gnaisse tem composição quartzo-feldspática, com discreto bandamento e, não raro, aspecto maciço. Tradicionalmente essas rochas são denominadas gnaisse facoidal e leptinito, respectivamente, sendo assim conhecidas por profissionais da conservação do patrimônio construído na cidade. Além desses gnaisses, o calcário lioz também foi extensivamente utilizado na parte interna e na fachada externa como ornatos ao redor das portas e janelas. Em volume bem menor, foi identificado na fachada um granito fino, com textura equigranular e de cor cinza, provavelmente da própria cidade, mas cuja unidade geológica não foi identificada. Estudos sobre o intemperismo desses gnaisses já foram publicados, contudo pouco ainda se conhece sobre a degradação dessas rochas no ambiente construído e urbano da cidade do Rio de Janeiro, com aplicação à conservação do patrimônio cultural. Neste artigo apresenta-se uma avaliação da degradação das rochas descritas, baseada em mapeamento de campo, segundo as recomendações do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) e tratamento dos dados com a ferramenta ArcGis10. As principais formas de alteração identificadas foram alteração cromática, crosta negra, perda de material e esfoliação. A análise química da água de lavagem das superfícies das rochas na fachada mostrou que o principal elemento presente é o enxofre. Os resultados deste trabalho são relevantes para auxiliar nas medidas de conservação deste importante patrimônio.

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Publicado

2017-08-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Ricardo, A. M., Mansur, K. L., Barroso, E. V., Senra, F., Avellar, G., & Ribeiro, R. C. da C. (2017). Mapeamento das morfologias de alteração das rochas do Paço Imperial, Rio de Janeiro. Geologia USP. Série Científica, 17(2), 45-58. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v17-305