Análise estrutural do Grupo Rio Pardo: sudeste do Estado da Bahia

Autores

  • Marcos Egydio-Silva Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • Ivo Karmann Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental
  • Roland Trompette Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2011000300002

Palavras-chave:

Grupo Rio Pardo, Faixa Araçuaí, Análise estrutural, Vergência Tectônica, Transição Cráton, Faixa Dobrada

Resumo

O Grupo Rio Pardo esta localizado no sudeste do Estado da Bahia e geologicamente, marca a transição entre o Cráton do São Francisco e a Faixa Araçuaí. Trata-se de uma sequência metassedimentar de baixo grau metamórfico, de idade meso a neoproterozoica, depositadas sobre um embasamento de idade paleoproterozoica a arqueana. O Grupo Rio Pardo é constituído das seguintes unidades litoestratigráficas, da base para o topo: Formação Panelinha formada por metapsefitos e metagrauvacas; Subgrupo Itaimbé, compreendendo as Formações Camacã (metapelitos e lentes carbonáticas), Água Preta (metarenitos e metassiltitos), Serra do Paraíso (metacarbonatos e quartzitos) e Santa Maria Eterna (metacarbonatos e quartzitos). No topo desta sequência, discordantemente sobre as anteriores, depositou-se a Formação Salobro, constituída de metapelitos e metapsefitos. O Grupo Rio Pardo esta dividido em duas unidades litoestruturais, separadas pela falha inversa Rio Pardo-Água Preta com transporte tectônico para nordeste. A Unidade Litoestrutural 1, que abrange o setor norte, possui características autóctones com estruturas associadas à primeira fase de deformação. A Unidade Litoestrutural 2, localizada a sudoeste da falha inversa, caracteriza um bloco subautóctone com dobramentos fechados relacionados à segunda fase de deformação. Um terceiro evento deformacional esta registrado na borda oeste da bacia. A vergência tectônica do Grupo Rio Pardo para NE se explica pela mudança do regime deformacional e da orientação dos eixos principais da deformação no decorrer do evento orogênico colisional brasiliano no setor norte da faixa Araçuaí, onde o transporte tectônico para norte serviu de motor para a deformação no Grupo Rio Pardo.

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Publicado

2011-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Análise estrutural do Grupo Rio Pardo: sudeste do Estado da Bahia . (2011). Geologia USP. Série Científica, 11(3), 23-41. https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2011000300002