Reavaliação e novos dados Geocronológicos (Ar/Ar, Rb/Sr e Sm/Nd) do Batólito Pelotas no Rio Grande do Sul: implicações Petrogenéticas e Idade de Reativação das Zonas de Cisalhamento

Autores

  • Ruy Paulo Philipp Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Geociências; Centro de Estudos em Petrologia e Geoquímica
  • Rômulo Machado Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências; Departamento de Mineralogia e Geotectônica
  • Farid Chemale Jr Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Geociências; Centro de Estudos em Petrologia e Geoquímica

DOI:

https://doi.org/10.5327/S1519-874X2003000100006

Palavras-chave:

Batólito Pelotas, geocronologia, petrogênese, zonas de cisalhamento

Resumo

O Batólito Pelotas é constituído por suítes graníticas com idades U/Pb (em zircão, Evaporação e SHRIMP) e Pb/Pb (em zircão, por evaporação) situadas no intervalo de 575 a 633 Ma, com um padrão de idade mais antigo entre 625 e 635 Ma (Suíte Pinheiro Machado) e outro mais novo entre 575 e 600 Ma (Suítes Viamão, Encruzilhada do Sul e Dom Feliciano). As razões isotópicas Sr87/Sr86 situadas entre 0,7060 a 0,7016, juntamente com valores de µNd fortemente negativos (em geral, entre -5 a -10) e idades modelos T DM (entre 1600 e 2200 Ma), indicam a predominância de processos de reciclagem de materiais de uma crosta provavelmente Paleoproterozóica (Ciclo Transamazônico). Por outro lado, a presença de magmatismo básico e feições de misturas de magmas nas Suítes Pinheiro Machado, Viamão, Encruzilhada e Dom Feliciano associados com magmatismo alcalino (Sienito Piquiri), com idade Pb/Pb (em zircão, por evaporação) entre 610 e 615 Ma, sugerem também contribuição mantélica na constituição do batólito. As idades Ar/Ar aqui obtidas a partir de rochas miloníticas de zonas de cisalhamento (de baixo e alto ângulo) que afetam o batólito sugerem a existência de um importante evento tectônico ocorrido entre 540 e 530 Ma. Este evento teria sido responsável pela reativação em regime transpressivo de zonas de cisalhamento mais antigas, relacionadas com a colocação das suítes graníticas do batólito, e geração de estruturas-em-flor positiva em vários domínios do mesmo. Esta tectônica parece se articular no espaço e no tempo com a tectônica extensional relacionada com a instalação da Bacia do Camaquã.

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Publicado

2003-08-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Reavaliação e novos dados Geocronológicos (Ar/Ar, Rb/Sr e Sm/Nd) do Batólito Pelotas no Rio Grande do Sul: implicações Petrogenéticas e Idade de Reativação das Zonas de Cisalhamento . (2003). Geologia USP. Série Científica, 3, 71-84. https://doi.org/10.5327/S1519-874X2003000100006