Percepção de cuidadores familiares e profissionais da estratégia saúde da família em relação ao cuidado e desenvolvimento neuropsicomotor da criança

Autores

  • Dayana Kelly Silva Oliveira Faculdade Santa Marcelina; Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família
  • Débora D. Gonçalves do Nascimento Faculdade Santa Marcelina; Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família
  • Fernanda Ferreira Marcolino Faculdade Santa Marcelina; Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.44943

Palavras-chave:

percepção, cuidadores, profissional de saúde, programa saúde da família, desenvolvimento infantil

Resumo

O objetivo é identificar a percepção de cuidadores familiares e profissionais da Estratégia Saúde da Família sobre o cuidado relacionado ao desenvolvimento neuropsicomotor de crianças de zero a dois anos e as ações desenvolvidas pelos profissionais de saúde para essa faixa etária de crianças. Tratou-se de uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem qualitativa. Foram entrevistados dez cuidadores e nove profissionais de uma equipe de Saúde da Família da Zona Leste de São Paulo. Para coleta de dados, foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado. As falas foram gravadas e, após a transcrição, os discursos foram selecionados e categorizados. Para análise do material empírico, foi utilizada técnica de análise de conteúdo preconizada por Bardin. Os resultados foram apresentados nas seguintes categorias: ênfase nos marcos do desenvolvimento neuropsicomotor (sensorial, motor e cognitivo); desenvolvimento significando crescimento; influência das relações familiares no cuidado à saúde da criança; foco no modelo biologicista vs cuidado ampliado; o cuidado com o desenvolvimento no processo de trabalho e percepção dos cuidadores sobre as orientações recebidas. O estudo revelou que o cuidado relacionado ao desenvolvimento neuropsicomotor pode ser entendido de maneiras distintas por profissionais e cuidadores familiares, com percepções ainda atreladas aos aspectos biológicos, sendo necessário superar esta abordagem para uma lógica multiconceitual e, consequentemente, multidisciplinar para garantir um cuidado integral à saúde da criança.

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2012-08-01

Edição

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