Caracterização do estado nutricional dos pacientes neurológicos com mobilidade reduzida

Autores

  • Rosana Farah Simony Lamigueiro Toimil Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Daniela Maria Alves Chaud Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Edeli Simioni de Abreu Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Silvana Maria Blascovi Assis Universidade Presbiteriana Mackenzie

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.72084

Palavras-chave:

estado nutricional, composição corporal, avaliação, neurologia

Resumo

Objetivo: avaliar o estado nutricional de pacientes neurológicos em atendimento fisioterapêutico. Método: trata-se de um estudo descritivo e transversal, no qual foram convidados a participar da pesquisa todos os pacientes atendidos no setor de neurologia da clínica de fisioterapia de uma clínica-escola universitária na região metropolitana de São Paulo. Após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelos participantes ou por seus pais ou responsáveis, foi agendada a consulta nutricional para a coleta de dados de identificação e coleta de dados antropométricos para realização do exame de bioimpedância elétrica e classificação do estado nutricional. Foram avaliados 24 pacientes de ambos os sexos, com idades entre 3 e 62 anos, divididos em dois grupos (crianças e jovens, n = 10 e adultos, n = 14) que realizavam tratamento
fisioterápico na clínica e que apresentavam mobilidade reduzida. Resultados: em relação às variáveis sócio-demográficas, a maior parte dos pacientes apresentou nível socioeconômico classificado entre B1 e C1. Dentre os sintomas gastrintestinais mais presentes, se destacaram a gastrite e o refluxo gastroesofágico. A maior parte dos pacientes adultos apresentou: eutrofia (64,3%) seguida de obesidade (21,4%) e de sobrepeso (7,1%). Apresentaram ainda risco cardiovascular entre moderado e elevado, segundo a circunferência da cintura. Nas crianças e jovens a prevalência de desnutrição foi de 20%. A porcentagem de massa corporal foi em média de 24,2%. Conclusão: esta é uma amostra que apresenta comprometimentos antropométricos e nutricionais importantes e necessita de acompanhamento sistemático para educação em saúde.

Biografia do Autor

  • Rosana Farah Simony Lamigueiro Toimil, Universidade Presbiteriana Mackenzie
    Professor of Nutrition at the Mackenzie Presbyterian University (Universidade Presbiteriana Mackenzie).
  • Daniela Maria Alves Chaud, Universidade Presbiteriana Mackenzie
    Professor of Nutrition at the Mackenzie Presbyterian University (Universidade Presbiteriana Mackenzie).
  • Edeli Simioni de Abreu, Universidade Presbiteriana Mackenzie
    Professor of Nutrition at the Mackenzie Presbyterian University (Universidade Presbiteriana Mackenzie).
  • Silvana Maria Blascovi Assis, Universidade Presbiteriana Mackenzie
    Professor of Physiotherapy and of the Graduate Program in Developmental Disorder at the Mackenzie Presbyterian University.

Referências

Greve JMD. Reabilitação na lesão da medula espinhal. Rev Med. 1999;78(2):276-86.

Reming VM, Weeden A. Tratamento Clínico Nutricional para Distúrbios Neurológicos. In: Mahan LK, Escott-Stump S. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 11ª ed. São Paulo: Roca; 2005. p.623-955.

Stevenson RD. Use of segmental measures to estimate stature in children with cerebral palsy. Arch Pediatr Adolesc Med. 1995;149:658-62.

Weisstaub G, Durán CC, Mujica JF, Briones C. Nutrición en el niño con daño neurológico. Rev Chil Pediatr. 1996;67(3):130-35.

Kuperminc MN, Stevenson RD. Growth and nutrition disorders in children with cerebral palsy. Dev Disabil Res Rev. 2008;14:137-46.

Rede Sarah De Hospitais De Reabilitação. Disponível em http://www.sarah.br/. Acesso em 23 de novembro de 2013.

Engler TMNM, Farage L, Mello PA. Constipação intestinal em pacientes admitidos em programa de reabilitação neurológica. Acta Paul Enferm. 2011;24(6):804-09.

Rodriguez TN, Rocha ECV, Zanandréa EF. Síndrome da obstipação intestinal. Rev Bras Med. 2004;61(4):174-80.

Cardozo-Gonzales RI, Villa TCS, Calin MHL. O processo da assistência ao paciente com lesão medular: gerenciamento de um caso como estratégia de organização da alta hospitalar. Medicina. 2001;34(1):325-33.

Brandão CMA, Vieira JGH. Fatores envolvidos no pico de massa óssea. Arq Bras Endocrinol Metab. 1999;43(6):401-08.

Ryan AS, Ivey FM, Hurlubut DE, Martel GF, Lemmer JT, Sorkin JD. et al. Regional bone mineral density after resistive training in young and older men and women. Scand J Med Sci Sports. 2004;14(1):16-23.

Bell KL, Boyd RN, Tweedy SM, Weir KA, Stevenson RD, Davies PS. A prospective, longitudinal study of growth, nutrition and sedentary behaviour in young children with cerebral palsy. BMC Public Health. 2010;10(1):179.

Waitzberg DL, Ferrini MT. Exame Físico e Antropometria. In: Waitzberg DL. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 3ª ed. São Paulo: Atheneu; 2001. p.255-78.

Anjos LA, Warhlich V. Avaliação Antropométrica: In: Taddei JA, Lang RMF, Longo-Silva G, Toloni MHA. Nutrição em Saúde Pública. Rio de Janeiro: Rubio; 2011. p.55-72.

WHO (World Health Organization). Child Growth Standards (2007). Disponível em: http://www.who.int/childgrowth/standards/en/. Acesso em 23 de novembro de 2013.

Buchholz AC, Bugaresti JM. A review of body mass index and waist circumference as markers of obesity and coronary heart disease risk in persons with chronic spinal cord injury. Spinal Cord. 2005;43(1):513-18.

WHO (World Health Organization). Obesity - Preventing and Managing the Global Epidemic. Report of a WHO Consultation. Geneva; 1998.

Spungen AM, Adkins RH, Stewart CA, Wang J, Pierson RN, Waters, RL. et al. Factors influencing body composition in persons with spinal cord injury: a cross-sectional study. J Appl Physiol. 2003;95(6):2398-407.

Rezende F, Rosado L, Franceschinni S, Rosado G, Ribeiro R, Marins JCB. Revisão crítica dos métodos disponíveis para avaliar a composição corporal em grandes estudos populacionais e clínicos. Arch Latinoamer Nutr. 2007;57(4):327-34.

ABEP - Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, 2010. Disponível em: http://www.abep.org/novo/FileGenerate.ashx?id=252. Acesso em 23 de novembro de 2013.

Kwok T, Whitelaw MN. The use of armspan in nutritional assessment of the elderly. J Am Geriatr Soc. 1991;39(1):492-96.

Taylor RW, Jones IE, Williams SM, Goulding A. Evaluation of waist circumference, waist-to hip ratio, and conicity index as screening tools for high trunk fat mass, as measured by dualenergy X-ray absorptiometry, in children aged 3-19 y. Am J Clin Nutr. 2000;72(2):490-5.

IDF (International Diabetes Federation). Clinical Guidelines Task Force. Global Guidelines for Type 2 Diabetes. Diabet Med. 2005;23(5):469-80.

NCEP (National Cholesterol Education Program). Third Report of the Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III). NHI Publication. 2001;01-3670.

Lim PA, Tow AM. Recovery and regeneration after spinal cord injury: a review and summary of recent literature. Ann Acad Med Singapore. 2007;36(1):49-57.

Ghafoor AU, Martin TW, Gopalakrishnan S, Viswamitra S. Caring for the patients with cervical spine injuries: what have we learned? J Clin Anesth. 2005;17(8):640-49.

Lobo SM, Miranda ALD. Disfunção do trato gastrointestinal prolongada em pacientes admitidos na terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva. 2010;22(2):118-24.

Weaver FM, Collins EG, Kurichi J, Miskevics S, Smith B, Rajan S. et al. Prevalence of obesity and high blood pressure in veterans with spinalcord injuries and disorders: a retrospective review. Am J Phys Med Rehabil. 2007;86(1):22-9.

Gupta N, White KT, Sandford PR. Body mass index in spinalcord injury - a retrospective study. Spinal Cord. 2006;44:92-4.

Wilt TJ, Carlson FK, Goldish GD, MacDonald R, Niewoehner C, Rutks I, Shamliyan T. et al. Carbohydrate & Lipid Disorders & Relevant Considerations in Persons with Spinal Cord Injury. Evidence Report/Technology Assessment Nº 163. Rockville, MD: Agency for Healthcare Research and Quality; 2008.

Publicado

2014-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais