O Grotesco e o nonsense de Alice: diálogos desafiadores nas produções culturais para crianças e jovens

Autores

  • Nathalia Xavier Thomaz

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9826.literartes.2013.62359

Palavras-chave:

Nonsense – grotesco – Alice no País das Maravilhas – literatura infantil e juvenil

Resumo

Este artigo pretende discutir o entrelaçamento entre o nonsense e o grotesco nas produções culturais para crianças e jovens, passeando pela obra Alice’s adventures underground de Lewis Carroll. Tais estéticas são extremamente lúdicas e apresentam desafiadores jogos de palavras, de sentidos e imagens aos leitores. Bastos (2001) destaca que o foco do nonsense não é apenas o não sentido, mas uma busca por tornar o sentido mais intuitivo e imaginário ao desconstruir paradigmas. Ao desobedecer ao gramatical e ao pragmático, o nonsense propõe uma nova lógica a ser construída. Por sua vez, o grotesco tem sua origem em imagens encontradas a partir de escavações feitas em Roma durante o Renascimento. As formas se fundiam e se misturavam, pareciam transformar-se. A estética passou por muitas modificações ao longo dos anos, mas sempre se caracterizou pelo jogo insólito e questionador. Procuraremos refletir aqui sobre como o diálogo entre essas duas estéticas – uma mais ligada à linguagem visual e outra ligada ao verbal – leva o leitor a construir novas concepções e novas narrativas, contribuindo para o movimento infinito de criação e recriação da obra de arte.

Biografia do Autor

  • Nathalia Xavier Thomaz
    Graduada em Psicologia pela UNIMEP e mestre em Literatura Infantil e Juvenil pela FFLCH-USP

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Publicado

2013-10-13

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O Grotesco e o nonsense de Alice: diálogos desafiadores nas produções culturais para crianças e jovens. Literartes, [S. l.], n. 2, p. 55–64, 2013. DOI: 10.11606/issn.2316-9826.literartes.2013.62359. Disponível em: https://revistas.usp.br/literartes/article/view/62359.. Acesso em: 28 mar. 2024.