Uma estranha descoberta: leitura do conto “A menor mulher do mundo”, de Clarice Lispector

Autores

  • Yudith Rosenbaum Universidade de São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i20p148-156

Palavras-chave:

Documentário cinematográfico, “ostranenie”, subitaneidade.

Resumo

O presente artigo pretende analisar o conto “A menor mulher do mundo”, de Clarice Lispector, à luz do ensaio “O estranho”, de Freud. A ideia é compreender as relações de dominação que se estabelecem entre um explorador francês e sua insólita descoberta na África Equatorial: uma pigmeia grávida. Partindo desse jogo de alteridades, que se estranham e se identificam, a análise buscará desvelar algumas camadas de sentido tendo como pano de fundo a dinâmica entre cultura e pulsão, recalque e desejo. A história dos processos coloniais brasileiros e a história da constituição do sujeito humano se entrecruzam nessa narrativa, que desloca for- mas habituais de posicionar o eu diante do outro. O efeito irônico do texto se dá ao inverter as expectativas nesse encontro entre a ordem selvagem e a ordem doméstica, descortinando nesta última reações perversas imprevistas.

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Biografia do Autor

  • Yudith Rosenbaum, Universidade de São Paulo.
    Docente no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas.

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Publicado

2015-06-18

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Rosenbaum, Y. (2015). Uma estranha descoberta: leitura do conto “A menor mulher do mundo”, de Clarice Lispector. Literatura E Sociedade, 20(20), 148-156. https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i20p148-156