São Francisco e os caminhos da pedra

Autores

  • Antonio José Faria Góis Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo FAU/USP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v19i31p116-131

Palavras-chave:

Cruzeiro. Calcário. Marchetaria. Conjunto conventual. Lavabo. Pavimento.

Resumo

A utilização da pedra, no período colonial, limitou-se bastante, em termos locais, à alvenaria e à cantaria, mas também ocorreu seu emprego como material, delimitado, em geral, às obras escultóricas complementares da arquitetura. Uma valorização e ampliação desse limite verificou-se com o lioz, assim como, mais especificamente, em Salvador, com o acréscimo de outros tipos de pedra, igualmente lusitanos e participantes da decoração ambiental. Essa contribuição tem, no conjunto conventual de São Francisco, uma interessante variedade de exemplos, por nós abordada no presente artigo, sendo nosso objetivo indicar dados mais específicos para o exame de um percurso histórico. Partindo do ambiente europeu – não circunscrito à metrópole portuguesa, mas a essa interligado –, tal percurso se reveste do caráter universal que honrosamente nos inclui, dando-nos a oportunidade de avaliar a dimensão cultural e a tradição técnica de obras que enriquecem nosso acervo.

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Biografia do Autor

  • Antonio José Faria Góis, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo FAU/USP
    Graduado em Artes Plásticas pela Escola de Belas Artes da UFBA; mestrado em Crítica da Arte pela Universidade Internacional da Arte, Florença, Itália (reconhecido em nível de mestrado pela Universidade Federal da Bahia); especialização pelo “Opifício della Pietre Dure”, Florença, Itália; bolsista DER – CNPq. Bolsa de Fomento à Pesquisa. Ref. Processo: 3000529/96-1; doutorado em Estruturas Urbanas Ambientais, FAU/USP

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Publicado

2012-06-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Góis, A. J. F. (2012). São Francisco e os caminhos da pedra. PosFAUUSP, 19(31), 116-131. https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v19i31p116-131