A forma e o programa dos grandes museus internacionais

Autores

  • Simone Neiva Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, SP.
  • Rafael Antonio Cunha Perrone Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v20i34p82-109

Palavras-chave:

Museu. Forma. Programa. Museus (Arquitetura).

Resumo

O presente artigo trata da evolução da forma e do programa dos grandes museus internacionais, ao longo de cinco séculos. Foram analisados os museus surgidos entre os séculos 17 e 19; os museus modernos – Museu para uma Cidade Pequena (Mies van der Rohe), Museu Guggenheim de Nova York (Frank Lloyd Wright) e Museu do Crescimento Ilimitado (Le Corbusier); e os museus contemporâneos – Centro George Pompidou (Richard Rogers/Renzo Piano) e o Museu Guggenheim de Bilbao (Frank Ghery). Surgido do hábito de colecionar, até o século 19, o museu não constituía um envoltório identificável com a categoria que hoje conhecemos. Inicialmente constituído apenas de um corredor, seu programa evolui, de um conjunto de salas e biblioteca, a espaços que reproduzem uma vida urbana sintetizada em seus interiores. Em seu edifício, elementos arquitetônicos históricos, como a escadaria, o pórtico e a rotunda, foram consagrados. Contudo, a partir de meados do século 20, o museu tornou-se o lugar de ousadias formais, assumindo a transparência do vidro, a dinâmica da espiral, ou a movimentação da garrafa de Boccioni.

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Biografia do Autor

  • Simone Neiva, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, SP.
    Professora doutora e pesquisadora da gradução da Universidade Vila Velha, ES. Possui pós-doutorado pela FAU Mackenzie/Fapesp, doutorado pela FAUUSP, mestrado pela Universidade de Tóquio, pós-graduação em História da Arte e da Arquitetura pela PUC/Rio e graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Espírito Santo.Atuou como fellow nas áreas de Arquitetura, Urbanismo e cultura japonesa pela Fundação Japão (2006) e como consultora da Unesco (2007).FAU-Mackenzie – Edifício Cristiano Stockler das Neves.
  • Rafael Antonio Cunha Perrone, Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
    Professor doutor de graduação e pós-graduação da FAUUSP e do Programa de Pós- Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo, mestrado em Administração Pública e Planejamento Urbano pela Fundação Getúlio Vargas, SP, doutorado e livre-docência em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor associado da Universidade de São Paulo, professor adjunto da Universidade Presbiteriana Mackenzie, consultor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, colaborador da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e foi membro de diretoria do Instituto de Arquitetos do Brasil. Além da experiência acadêmica, atua profissionalmente desenvolvendo trabalhos na área de Arquitetura.

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Publicado

2013-12-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Neiva, S., & Perrone, R. A. C. (2013). A forma e o programa dos grandes museus internacionais. PosFAUUSP, 20(34), 82-109. https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.v20i34p82-109