https://revistas.usp.br/primeirosestudos/gateway/plugin/WebFeedGatewayPlugin/atomPrimeiros Estudos2024-01-18T00:00:00-03:00Primeiros Estudosprimeirosestudos@usp.brOpen Journal Systems<p>A <em>Primeiros Estudos - Revista de Ciências Sociais</em> é uma publicação eletrônica de caráter científico, operando em fluxo contínuo com volumes anuais, organizada por estudantes do campo de Ciências Humanas e Sociais. Seu objetivo é estimular e aproximar os jovens estudantes de todo o país do cotidiano de produção e publicação de artigos, resenhas e traduções com temas vinculados às três grandes áreas que compõem o curso de Ciências Sociais, a saber: Antropologia, Ciência Política e Sociologia.</p>https://revistas.usp.br/primeirosestudos/article/view/203780Deslocamentos tradutórios: a relação inventiva entre os Yanomami e Claudia Andujar2024-01-19T09:33:37-03:00Luara de Souza Ferreira AssumpçãoMatheus Ribeiro de SantanaJulia Rampazzo Cavalcanti
<p><span style="font-weight: 400;">A obra de Claudia Andujar pode ser pensada a partir de inúmeros prognósticos da antropologia contemporânea. Aqui, a partir da exposição </span><em><span style="font-weight: 400;">Claudia Andujar: a luta Yanomami</span></em><span style="font-weight: 400;">, propomos uma leitura baseada nas concepções de Roy Wagner, de modo a enfatizar a capacidade humana de invenção criativa, que o estranhamento e a alteridade radical entre distintos universos de significados propiciam aos termos de uma relação. Sejam eles: os </span><em><span style="font-weight: 400;">xapiri</span></em><span style="font-weight: 400;"> e os xamãs ou Andujar e os Yanomami – em sua composição subjetiva, como é visto nos desenhos produzidos em “peles de papel”. Portanto, entre os termos, existem deslocamentos de analogias metafóricas, que estabelecem mediação, tornam visíveis as culturas e as objetivam através da tradução mútua dos universos de significados e da suspensão de seus pressupostos convencionados </span><em><span style="font-weight: 400;">a priori</span></em><span style="font-weight: 400;">. Linha argumentativa, que aqui, indicará um movimento que coloca em xeque os pressupostos convencionados pelo ocidente moderno.</span></p>
2024-01-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Primeiros Estudoshttps://revistas.usp.br/primeirosestudos/article/view/203429Erosão da democracia brasileira e o perfil autocrata: uma resenha de “Como as Democracias Morrem”, de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt2024-01-19T09:37:38-03:00Helder Souza da Silva2024-01-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Primeiros Estudoshttps://revistas.usp.br/primeirosestudos/article/view/204538A Ciscolonialidade e o Transfeminismo 2024-01-19T09:36:31-03:00Gabrielle Silva
<p class="western" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">A cisheteronormatividade é o resultado do processo colonial euro-americano ao redor do globo. Esse processo impôs às sociedades, que anteriormente se organizavam de suas próprias formas, o modelo cisnormativo e binário eurocêntrico, o que acarretou hierarquizações e subjugações de gênero no mundo todo. Entretanto, na atualidade, em algumas culturas a denúncia sobre a não universalidade do modelo europeu está sendo feita e formas de organização anteriores à colonização estão sendo retomadas, com vistas a libertar as sociedades desse sistema de sexo/gênero tão oneroso a todos. Com isso, a partir de revisão bibliográfica discutiremos a tentativa de (re)construção de sociedades em que todos sejam livres para experimentarem e vivenciarem suas identidades, sexualidades e corpas de forma plural. Para tanto, téoricas têm demonstrado que o transfeminismo é ferramenta teórica e prática fundamental no combate ao ciscolonialismo. </span></p>
2024-01-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Primeiros Estudoshttps://revistas.usp.br/primeirosestudos/article/view/203036As representações do “otário” na lógica da malandragem: uma abordagem comparativa entre cinema e literatura2024-01-19T09:19:54-03:00Kauan Weslley Nicholas de SouzaWelington Vieira de Novaes
<p><span style="font-weight: 400;">O presente ensaio propõe-se a uma reflexão sobre as categorias “malandro” e “otário” a partir de uma abordagem comparativa entre o romance “Cidade de Deus” (1997) e o filme “A Vizinhança do Tigre” (2014). Retomando a linha de pensamento sobre o tema, aberta por Antônio Candido, aqui é explorada a tese de que a representação do “otário” nas obras em questão materializa um expoente para violência gerada pela inadequação do malandro na estrutura social. Conclui-se, portanto, que a representação do “ser otário” constitui um território de paz inalcançável, posto que a malandragem propõe a subversão dos ideais desenvolvimentistas por meio da exacerbação da violência.</span></p>
2024-01-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Primeiros Estudoshttps://revistas.usp.br/primeirosestudos/article/view/203375A Revolução de Jasmin entre rupturas e continuidades2024-01-19T09:24:39-03:00Larissa Docal SpinaShiro Takeuti
<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo reflete sobre processos de ruptura e continuidade a partir da Revolução de Jasmim – as movimentações tunisianas da Primavera Árabe. Analisamos a relação entre a autoimolação de Mohamed Bouazizi após conflitos com a guarda tunisiana e sua imagem, seguida de uma seção de narrativas apresentadas pelo jornal britânico The Guardian, pensando as representações do episódio e de seus efeitos na mídia Ocidental e considerando as relações Oriente/Ocidente. Por fim, investigamos o contexto sociopolítico a fim de pensar o contexto colonial, a construção das identidades de colonizador e colonizado e os limites que colocam às mudanças. Aponta-se para rupturas na esfera simbólica, como a mudança do regime político, e continuidades no campo econômico, dada a dependência da Tunísia de investimentos estrangeiros e a continuidade da pobreza e desemprego, sobretudo de jovens universitários e moradores de cidades pequenas.</span></p>
2024-01-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Primeiros Estudoshttps://revistas.usp.br/primeirosestudos/article/view/e_peopleE-People: juventudes em rede2024-01-19T09:28:09-03:00Eduardo Henrique Esteves Caniato Sávio
<p><span style="font-weight: 400;">Um pouco antes da pandemia de Covid-19 uma nova cultura juvenil ligada à internet já estava surgindo. Tal cultura teve um </span><em><span style="font-weight: 400;">boom</span></em><span style="font-weight: 400;"> de crescimento ainda maior por conta do uso da rede social TikTok e do isolamento social da pandemia, fazendo com que jovens ficassem mais tempo em casa e usassem mais redes sociais para se comunicar. A emergência e proliferação da cultura por meio da internet não é algo novo, assim como as culturas juvenis que outrora foram classificadas como subculturas ou tribos urbanas. Nesse trabalho buscou-se uma descrição sistemática dessa cultura conhecida como </span><em><span style="font-weight: 400;">E-Girls</span></em><span style="font-weight: 400;"> e </span><em><span style="font-weight: 400;">E-Boys</span></em><span style="font-weight: 400;">: suas relações, seus comportamentos, sua produção cultural, assim como sua aparência, comunicação e seus recortes específicos.</span></p>
2024-01-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Primeiros Estudoshttps://revistas.usp.br/primeirosestudos/article/view/203566Ação coletiva e participação política: Experiências de jovens na passagem da adolescência para a vida adulta2024-01-19T09:29:57-03:00Sara Martin Xavier
<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo discute alguns resultados de uma pesquisa que investigou as práticas de participação de quinze jovens de 19 anos, ex-alunos de duas escolas estaduais da cidade de São Paulo. Foram realizadas, em 2020, entrevistas semiestruturadas individualmente com cada um desses jovens com objetivo de resgatar as suas vivências de participação como secundaristas, mapear as suas práticas participativas após a conclusão do Ensino Médio e identificar os sentidos atribuídos às suas experiências na passagem da adolescência para a vida adulta. Rejeita-se aqui o discurso de senso comum de que os jovens são apáticos politicamente: os relatos dos entrevistados evidenciam que esses jovens se inserem em um processo mais amplo de reconfiguração das ações coletivas e da participação política, que busca preservar a autonomia, a autenticidade e a subjetividade dos indivíduos, em um contexto de diversificação e fragmentação da experiência social.</span></p>
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