Relação do nível da atividade física com o perfil clínico, eletrocardiográfico e depressivo de estudantes de medicina
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v100i5p424-430Palavras-chave:
Estudantes de medicina, Eletrocardiograma, Atividade motora, Sedentarismo, Comportamento sedentárioResumo
Objetivo. Conhecer o perfil clínico, os fatores cardiovasculares, perfil depressivo e a presença de distúrbios do ritmo nos estudantes de medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e comparar a avaliação cardiológica e qualidade de vida de estudantes inativos e ativos. Método. Estudo descritivo transversal em amostra de estudantes do curso de medicina da UFSCar, com participação de alunos de todos os anos da graduação. Em relação à coleta de dados, foram utilizadas as escalas de Beck e IPAQ, e para avaliação da função cardiovascular, foram realizados testes eletrocardiográficos. Os resultados foram expressos em média e desvio-padrão e a comparação dos grupos de estudantes ativos e inativos foi realizada por teste Qui-quadrado para variáveis categóricas e teste T para quantitativas, com nível de significância p<0,05. Resultados. Foram incluídos 85 estudantes, sendo que 3,5% apresentaram fator de risco para doença cardiovascular; 7% apresentaram perfil depressivo; 40% faziam uso de drogas lícitas e 9,5% de ilícitas; 13% apresentaram anormalidade eletrocardiográficas; 50,6% foram classificados como ativos e 49,3% como sedentários. Foi observada maior frequência de estudantes inativos do último ano do curso. O uso de drogas ilícitas foi significativo nos estudantes ativos comparados aos inativos. Conclusão. Os estudantes do último ano de graduação foram mais inativos em relação aos estudantes dos anos anteriores. O uso de substâncias lícitas e ilícitas foi mais prevalente entre estudantes ativos quando comparados aos estudantes inativos. Não houve diferença significativa nos resultados de eletrocardiografia entre os dois grupos.
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