História das Relações Internacionais do Brasil: uma aventura metodológica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2020.177178Palavras-chave:
Teoria da História, Amado Cervo, Pierre Renouvin, Teoria da História das Relações InternacionaisResumo
O campo de estudo da História das Relações Internacionais apresenta evolução e dinâmica próprias que precisam ser revisitadas. Nesse logo processo, podem ser observados a ascensão e o declínio da história nacionalista do século XIX, os fundamentos teóricos e os caminhos institucionais da hegemonização da École des Annales e, em uma dinâmica quase que paralela, as resistências para a formação e institucionalização da História das Relações Internacionais. Precursores desta última, Pierre Renouvin e Jean Baptiste Duroselle estabeleceram os bases do senso epistemológico da disciplina. No Brasil, Amado Cervo ampliou esses termos ao desenvolver ferramentas metodológicas para abordar e sustentar a inserção internacional brasileira de forma autônoma. Esses movimentos no tabuleiro do estudo e ensino das Relações Internacionais são importantes para que professores, pesquisadores, tomadores de decisão e estudantes não venham a reproduzir a cronologia dos eventos do Estado mascarada de História das Relações Internacionais.
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