Enclaves fortificados e segregação urbana: a dinâmica contemporânea de urbanização de Ribeirão Preto
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-4506.v17i2p41-59Palavras-chave:
Enclaves fortificados, Ribeirão Preto, Segregação urbanaResumo
O artigo analisa a difusão de enclaves fortificados – espaços fechados para moradia, lazer ou consumo – na urbanização recente de Ribeirão Preto (SP), fenômeno que se intensificou nas zonas leste e sul do município por meio de condomínios residenciais horizontais e verticais, shoppings centers, conjuntos de escritórios, escolas privadas e centros de lazer. O público desses espaços manifesta no medo do crime violento o principal motivo para o abandono do espaço público. A concentração de enclaves no setor sul intensifica a segregação socioespacial entre esta região e o setor norte, território mais pobre, onde predominam conjuntos habitacionais populares e favelização.
Downloads
Referências
BAUMAN, Zygmunt. Confiança e medo na cidade. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
ESTATUTO DA CIDADE: Guia para implementação pelos municípios e cidadãos: Lei nº 10.257, de 10/7/2001, que estabelece diretrizes gerais da política urbana. 2. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2002.
CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo;tradução de Frank de Oliveira e Henrique Monteiro. São Paulo: Editora 34/Edusp, 2000.
CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. Enclaves Fortificados: a nova segregação urbana. Novos Estudos Cebrap, n. 47, 1997.CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
DAL POZZO, Clayton Ferreira. Fragmentação socioespacial em cidades médias paulistas: os territórios do consumo segmentado de Ribeirão Preto e Presidente Prudente. Tese (Doutorado) em Geografia – Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Presidente Prudente, 2015.
FERNANDES, Maria Esther. et al. A cidade e seus limites: as contradições do urbano na “Califórnia Brasileira”. São Paulo: Annablume; Fapesp; Ribeirão Preto: Unaerp, 2004.
FIGUEIRA, Tânia Maria Bulhões. Produção social da cidade contemporânea: análise dos condomínios urbanísticos e loteamentos fechados de alto padrão do subsetor sul de Ribeirão Preto – SP. Dissertação (Mestrado) em Arquitetura e Urbanismo – Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Carlos, 2013.GEHL, Jan. Cidades para pessoas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva S.A., 2014.
GOULART, Jefferson Oliveira; BENTO, Patricia Pechini. Enclaves fortificados e segregação urbana: o caso de Jundiaí. Sociedade e Cultura, v. 14, n. 1, jan./jun. 2011.IBGE. Censo Demográfico 2010. Disponível em <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/ribeirao--preto/panorama>. Acesso: 31 out. 2017.
KOWARICK, Lúcio. Espoliação Urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
NEGRI, Barjas. As políticas de descentralização industrial e o processo de interiorização em São Paulo: 1970-1985. In: TARTAGLIA, J.C. & OLIVEIRA, O.L. (orgs.). Modernização e desenvolvimento do interior de São Paulo. São Paulo: Ed. UNESP, 1988.
PECCI, Guilherme Moreira.Interior de muros: expansão e formação de condomínios e loteamentos fechados em Ribeirão Preto. Monografia de Pós-Graduação. Ribeirão Preto: FAAP, 2014.
SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.
SENNETT, Richard. O declínio do homem público: as tiranias da intimidade. São Paulo, Com-panhia das Letras, 1993.
SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão; GOÉS, Eda Maria. Espaços fechados e cidades: insegurança urbana e fragmentação socioespacial. São Paulo: Ed. Unesp, 2013.
SOUZA, Jessé. A radiografia do golpe: entenda como e porque você foi enganado. Rio de Janeiro: LeYa, 2016.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-SA que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).