EFEITOS DA TESTOSTERONA, ESTRADIOL OU PROGESTERONA NA DECOMPOSIÇÃO CORPORAL DE RATOS CASTRADOS
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v41i1p43-49Palavras-chave:
Medicina Legal. Ratos. Castração. Decomposição corporal. Testosterona.Estradiol. Progesterona.Resumo
Resultados prévios do nosso laboratório mostraram que ratos machos e fêmeas, quando sepultados em um mesmo local e sob as mesmas condições ambientais apresentam decomposição corporal diferenciada, com os corpos dos machos atingindo esqueletização completa antes das fêmeas. Então, decidiu-se investigar se ratos machos castrados submetidos a diferentes tratamentos com esteróides sexuais desenvolveriam padrões diferentes de decomposição corporal. Cinqüenta ratos Wistar machos foram anestesiados aos 21 dias de idade e 40 deles foram castrados enquanto 10 foram submetidos à cirurgia sham. Os animais foram divididos nos seguintes grupos: Co- Controle (cirurgia sham); Ca- Castrado; T- Testosterona (castração + propionato de testosterona); E- Estradiol (castração + cipionato de estradiol); P- Progesterona (castração + progesterona). Os animais foram mortos aos 81 dias de idade em câmara de CO2 e foram sepultados no mesmo local. A exumação foi feita 120 dias após o sepultamento. A decomposição corporal estava mais avançada no grupo T, seguindo decrescentemente pelos grupos P, Co e Ca. O grupo E não foi considerado nesta análise devido à diferença significativa no peso corporal no momento da morte em relação aos outros grupos. Os resultados indicaram que os hormônios esteróides sexuais podem interferir no processo de decomposição corporal. Esse modelo biológico experimental apresenta uma importante implicação forense, uma vez que perfis hormonais podem induzir diferentes aspectos na decomposição corporal no mesmo intervalo de tempo, abrindo um precedente para justificar a investigação em material humano para evitar dúvidas na determinação do tempo desde a morte em investigações criminais.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença