Aids, drogas e “ser mulher”
relatos de mulheres soropositivas para o HIV
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v37i1/2p106-116Palavras-chave:
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida. Identidade de Gênero. Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias.Resumo
Tendo em vista o status subprivilegiado e a vulnerabilidade social da mulher, foram entrevistadas dez usuárias de drogas injetáveis, portadoras do HIV/Aids, atendidas na Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infecciosas (U.E.T.D.I.), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. As entrevistas, semi-estruturadas, enfocaram categorias temáticas a priori, complementadas por relatos sobre histórias de vida. Uma análise de conteúdos permitiu o levantamento de algumas representações sobre os temas enfocados: a) para ser mulher, foram identificados conteúdos relacionados à vulnerabilidade ao contágio por HIV, naturalização do papel feminino e resistência à subordinação; b) com respeito ao convívio com o HIV/Aids, conteúdos sobre banalização do contágio, estigma, perdas sociais/materiais, reconstruções e sentimentos adversos; c) relacionado a ser usuária de drogas injetáveis, representações sobre fuga à realidade, dependência e valorações negativas a respeito do desamparo. Tais resultados são discutidos com a perspectiva de subsidiar a orientação de futuros programas de orientação e suporte, considerando a vulnerabilidade feminina, principalmente quanto ao uso de drogas ilícitas e ao contágio por HIV/Aids.
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