Prática de atividade física entre adultos mais velhos

resultados do ELSI-Brasil

Autores

  • Sérgio Viana Peixoto Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento
  • Juliana Vaz de Melo Mambrini Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento
  • Josélia Oliveira Araújo Firmo Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento
  • Antônio Ignácio de Loyola Filho Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento
  • Paulo Roberto Borges de Souza Junior Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde
  • Fabíola Bof de Andrade Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento
  • Maria Fernanda Lima-Costa Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento

DOI:

https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2018052000605

Palavras-chave:

Idoso, Exercício, Estilo de Vida Sedentário, Fatores Epidemiológicos, Fatores Socioeconômicos

Resumo

OBJETIVO: Descrever a prevalência da prática de atividade física entre adultos mais velhos brasileiros e os fatores associados a essa prática, além de identificar potenciais modificadores de efeito para a associação entre atividade física e idade. MÉTODOS: Foram analisados dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), compreendendo 8.736 indivíduos (92,8%) com 50 anos ou mais. A atividade física foi aferida pela versão reduzida do International Physical Activity Questionnaire. A variável desfecho foi a prática de pelo menos 150 minutos de atividades semanais em todos os domínios. As variáveis exploratórias foram idade, sexo, escolaridade, cor da pele, estado conjugal, número de doenças crônicas e consultas médicas, e conhecer ou participar de programas públicos de incentivo à atividade física. As análises foram baseadas na regressão logística e nas estimativas de probabilidades preditas. RESULTADOS: A prevalência de atividade física nos níveis recomendados foi de 67,0% (IC95% 64,3–69,5). A atividade física apresentou associação significativa com idade (OR = 0,97; IC95% 0,96–0,98) e foi mais comum na população com maior escolaridade (OR = 1,27; IC95% 1,11–1,45 para 4–7 anos e OR = 1,52; IC95% 1,28–1,81 entre aqueles com oito anos ou mais), entre os casados ou em união estável (OR = 1,22; IC95% 1,08–1,38) e entre aqueles que relataram conhecer (OR = 1,34; IC95% 1,16–1,54) ou participar (OR = 1,78; IC95% 1,34–2,36) de algum programa de incentivo à prática de atividade física. A redução da atividade física com a idade foi mais acentuada entre as mulheres e entre aqueles com menor escolaridade (valor de p para interação < 0,05). CONCLUSÕES: Além da associação com estado conjugal e programas de promoção da saúde, foi possível observar uma importante desigualdade em relação ao gênero e escolaridade na redução da atividade física com a idade. Esse conhecimento permite caracterizar grupos mais vulneráveis à redução da atividade física com o envelhecimento e contribui para o planejamento de ações de promoção da saúde, sobretudo nas faixas etárias mais velhas.

Publicado

2019-01-24

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Peixoto, S. V., Mambrini, J. V. de M., Firmo, J. O. A., Loyola Filho, A. I. de, Souza Junior, P. R. B. de, Andrade, F. B. de, & Lima-Costa, M. F. (2019). Prática de atividade física entre adultos mais velhos: resultados do ELSI-Brasil. Revista De Saúde Pública, 52(Suppl 2), 5s. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2018052000605