Em terceira pessoa: sobre o processo de escrita da autobiografia de um outro

Autores

  • Alexandre Ferreira Dal Farra Martins Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Letras Modernas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v14i2p164-170

Palavras-chave:

Autobiografia, Dramaturgia, Lacan

Resumo

Este artigo procura compreender os caminhos que o processo de criação do espetáculo Conversas com meu pai, feito com material autobiográfico de Janaina leite e escrito por Alexandre Dal Farra, tomou. O objetivo é entender como o autor encontrou neste processo um lugar enquanto artista – não se reduzindo a uma espécie de mão de obra técnica. A partir de alguns conceitos de Jaques Lacan, busca-se entender a maneira com que o seu olhar sobre o material foi constitutivo da obra.

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Biografia do Autor

  • Alexandre Ferreira Dal Farra Martins, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Letras Modernas

    Mestre pelo Departamento de Letras Modernas da FFLCH – USP, na área de Literatura Alemã, Alexandre é dramaturgo, diretor, escritor e músico. Vencedor do 25o Prêmio Shell de melhor Autor, em 2012, pela peça Mateus, 10, que escreveu e dirigiu, lançou em 2013 o seu primeiro romance, Manual da Destruição, pela editora Hedra, considerado pelo escritor Ricardo Lísias "uma das melhores obras da literatura brasileira recente". Em 2014 Alexandre foi indicado para o prêmio APCA de melhor autor por Abnegação, espetáculo que também dirigiu, juntamente com Clayton Mariano. Escreveu ainda Conversas com meu pai (2014, apoio: Oficina Cultural Oswald de Andrade), que dirigiu em conjunto com Janaina Leite, além de Petróleo (2011, apoio: Proac), Helena pede perdão e é esbofeteada (2010 – apoio: Fomento ao Teatro; Prêmio Myriam Muniz), Novos Argonautas – Haut aus Gold (2009 – apoio: Fundo de Cultura Alemão; SESC-SP), Quem vem lá (2008 – apoio: SESC-SP) e A Rua é um Rio (2006 – apoio: Fomento ao Teatro). Em parceria com o Grupo XIX de Teatro, escreveu a peça Nada aconteceu, tudo acontece, tudo está acontecendo (2013 – apoios: Lei de Fomento ao Teatro, Proac), e, com Maria Tendlau e Paulo Barcellos, realizou a dramaturgia do espetáculo O que está aqui é o que sobrou, para o Coletivo Bruto (2012 – apoio: Lei de Fomento). Formado em Composição Erudita pela Faculdade Santa Marcelina, trabalhou como diretor musical em diversos grupos de Teatro de São Paulo, como o Teatro de Narradores (Arturo Ui; Fragmento Macário), Coletivo Bruto (Guerra Cega Simplex) e Segunda Trupe de Choque (Coriolanos).

             Alexandre é Mestre na Escola Livre de Teatro, ministra aulas como formador convidado na SP Escola de Teatro, é Orientador no Projeto Ademar Guerra, além de conduzir o núcleo A Palavra e a Cena, desde 2013, juntamente com Cássio Pires.

Referências

- LACAN, J. – O seminário – Livro 11. Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro, Jorge Zahar editor, 1985.

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Publicado

2014-12-20

Edição

Seção

DOSSIÊ ESPETÁCULO

Como Citar

Dal Farra Martins, A. F. (2014). Em terceira pessoa: sobre o processo de escrita da autobiografia de um outro. Sala Preta, 14(2), 164-170. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v14i2p164-170