https://revistas.usp.br/salapreta/gateway/plugin/WebFeedGatewayPlugin/atomSala Preta2023-12-10T12:34:25-03:00Revista Sala Pretasalapreta@usp.brOpen Journal Systems<p>A Revista Sala Preta é uma publicação quadrimestral do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC) vinculado a Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Iniciada em 2001, a Revista é um dos primeiros periódicos brasileiros especializados em artes cênicas e atualmente é uma das poucas revistas da área de Artes avaliada como “A1” pelo programa QUALIS/CAPES.</p> <p>Após dez anos de existência em versão impressa, a revista inaugurou em 2011 a sua edição eletrônica. A partir da edição número 11 de 2011 optou-se pela produção somente em suporte digital. Esta decisão editorial teve o intuito de tornar a revista mais ágil, facilitando tanto a colaboração quanto a leitura de pesquisadores e artistas interessados em temáticas instigantes e abordagens inovadoras no campo das artes cênicas. Com este novo suporte a revista pôde ter seu plano de distribuição alterado e passou a receber acessos e artigos de todas as partes do mundo.</p> <p>A partir de 2022, depois de um período de interrupção de sua publicação em 2021, a Revista Sala Preta se re-estrutura, aderindo a um formato de gestão horizontalizado, pensado e mantido por um novo grupo de editores, que também promoveram ajustes nos formatos e seções da revista, readequando-a para novos tempos.</p> <p>Atualmente, a Sala Preta aceita submissões de Artigos, Entrevistas, Críticas, Resenhas, e Traduções, tanto em fluxo contínuo como para eventuais dossiês temáticos, que serão publicados em três números por volume/ano.</p>https://revistas.usp.br/salapreta/article/view/220020Editorial2024-02-05T13:00:30-03:00Alessandra MontagnerHenrique RochelleLucienne GuedesMarcos BulhõesSofia BoitoSuzana Schmidt ViganóVerônica Veloso
<p>Editorial do v.22, n.3.</p>
2023-12-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sofia Boito, Verônica Veloso, Alessandra Montagner, Henrique Rochelle, Lucienne Guedes, Marcos Bulhões, Suzana Schmidt Viganóhttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/219381O que podem os corpos? Arquiteturas, expansões e potências. A última aula de Marcelo Denny na pós-graduação2024-01-10T09:05:20-03:00Marcelo Denny de Toledo Leite2023-12-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sala Preta Secretaria; Marcelo Denny de Toledo Leitehttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/214723Teatro da PombaGira: origens e dinâmicas de criação: Douglas Ricci entrevista Marcelo D’Avilla2024-02-05T12:58:04-03:00Douglas RicciMarcelo D’Avilla
<p>Nesta entrevista conduzida por Douglas Ricci, Marcelo D’Avilla, diretor do coletivo Teatro da PombaGira, discute as raízes do grupo, assim como as peças teatrais e obras de vídeo artes criadas pelo grupo em colaboração com Marcelo Denny. A conversa oferece reflexões sobre os intricados processos de criação que permeiam as produções desse coletivo.</p>
2023-12-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Douglas Ricci, Marcelo D’Avillahttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/214532ECDYSIS: embalagens, maquiagens, mortalhas, entre outras linguagens do corpo-máscara2024-01-10T09:06:37-03:00Erika Schwarz
<p>Este artigo, resultado da pesquisa de doutorado homônima, apresenta mascaramentos que reconfiguram e expandem o corpo em contextos performativos, buscando contribuir com pensamentos sobre os atos de vestir nas artes vivas contemporâneas. Segundas peles elásticas, máscaras de gesso, capas e invólucros plásticos são tratados como vestíveis e problematizados nos trabalhos de Hélio Oiticica, Lygia Pape, Eleonora Fabião, Tadeusz Kantor e Regina José Galindo, em diálogo com Lea Vergine, Gilles Deleuze e Félix Guattari, Michel Foucault, entre outros, transbordando a noção tradicional de figurino e aproximando a composição corpo-máscara de outras imagens que afirmam a relação arte-vida, tais como casulo, bolsa amniótica, embalagem e mortalha.</p>
2023-12-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Erika Schwarzhttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/214710Caminhar sobre solos movediços: arte, participação e espaço urbano2024-01-10T09:28:30-03:00Joana Dória de Almeida
<p>Este artigo apresenta conceitos norteadores da reflexão crítica acerca da arte participativa no espaço urbano, abordando as tensões entre a prática artística em campo expandido e outras esferas da vida social. Em primeiro lugar, trata das motivações que, ao longo da década de 1960, impulsionaram artistas a migrar para fora dos museus e da produção de objetos rumo à proposição de ações. Em seguida, aborda desdobramentos conceituais dos deslocamentos dos anos 1960 que ecoam em experiências atuais: estética relacional (Nicolas Bourriaud), arte participativa (Claire Bishop) e site-specific art (Miwon Kwon). Por fim, no intuito de construir uma perspectiva panorâmica e atual dessas práticas no Brasil, examina trabalhos dos coletivos OPAVIVARÁ! e OPOVOEMPÉ e o projeto Lotes Vagos, dos artistas Breno Silva e Louise Ganz.</p>
2023-12-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Joana Dória de Almeidahttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/214407Espaços para conversar: a espacialidade como dispositivo dramatúrgico convivial2024-01-10T09:20:31-03:00Marcos Coletta
<p>Este artigo aborda espacialidades cênicas pensadas como ambientes compositores e facilitadores da dinâmica dramatúrgica convivial e performativa que privilegia e acentua a relação entre atores e espectadores. O autor realiza uma breve retrospectiva histórica de alguns exemplos importantes para a explosão do espaço teatral no século XX, e discute as singularidades espaciais de três espetáculos teatrais brasileiros contemporâneos que trabalham espacialidades relacionais como um ponto nevrálgico de suas dramaturgias: Hysteria (2001), do Grupo XIX de Teatro (São Paulo); Aquilo que meu olhar guardou para você (2012), do Grupo Magiluth (Pernambuco); e Fauna (2016), do Grupo Quatroloscinco – Teatro do Comum (Minas Gerais).</p>
2023-12-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Marcos Cesar Coletta Pereira Colettahttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/216158Editorial2024-01-10T08:48:00-03:00Alessandra MontagnerHenrique RochelleLucienne GuedesMarcos BulhõesSofia BoitoSuzana Schmidt ViganóVerônica Veloso2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sofia Boitohttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/210552Ensinar a distração: Walter Benjamin, técnica e performance em Ofereço companhia (2016-2017), de Anna Costa e Silva, Outra identidade (2003-), de Ana Teixeira, e Trabalho normal (2017), de Claudia Müller2024-01-10T09:26:47-03:00Renan Marcondes Cevales
<p>This paper analyses three performative works by contemporary Brazilian artists that tackle the topic of work, focusing on Walter Benjamin’s theory and employing his proposed division between the first and second technique. This allows us to discuss these works outside the scope of relational art and unveil their political bias through other perspectives, no longer restricted to mere public participation, but to the formal choices encompassed by each proposal. We note from the adopted perspective, that featuring elements from the world of work within artistic productions, in these cases, invites public and artists to engage in modes of shared distraction as a critical form.</p>
2023-12-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Renan Marcondes Cevaleshttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/214733Atuação-entre-meios como prática de expansão do campo cênico2024-02-20T11:34:14-03:00Marília Guimarães-Martins
<p>A partir das noções de fracasso e esgarçamento, termos usados por Rosalind Krauss para pensar a expansão do campo da escultura, este artigo volta-se para a observação de procedimentos e processos da montagem de A pink chair (in place of a fake antique) (2018), do Wooster Group/Elizabeth LeCompte, a fim de discutir os entrelaçamentos entre corpos e mídias técnicas de som e imagem no evento teatral, em interlocução com a arqueologia das mídias de Friedrich Kittler e com a ideia de complexo, como pensada pela Física. O trabalho, em seu propósito inicial e resultado final, elabora a noção de atuação-entre-meios como prática de expansão do campo cênico.</p>
2023-12-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Marília Guimarães-Martinshttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/214774Ampliar o visível: a lógica do som e da cor2024-01-10T09:34:35-03:00Enrico PitozziCynthia Gusmão
<p>O texto de Enrico Pitozzi, professor do Departamento de Artes da Universidade de Bolonha, aborda as relações entre imagem acústica e imagem visível na obra do encenador Romeo Castellucci e da Socìetas Raffaello Sanzio, em parceria com o compositor Scott Gibbons. Pitozzi relaciona a questão com aspectos da teoria das atmosferas de Gernot Böhme.</p>
2023-12-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Cynthia Gusmão, Enrico Pitozzihttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/214707FRACTO 111: uma experiência sobre estéticas insurgentes e o abolicionismo penal2024-01-10T09:31:06-03:00Murilo Moraes Gaulês
<p>Este artigo aborda as experiências do processo criativo da ação performativa FRACTO 111 e seus desdobramentos políticos, estéticos e visionários. A partir da perspectiva da metodologia de ficções visionárias, elaborada pela artista e abolicionista penal americana Walidah Imarisha, o trabalho reforça as relações entre arte e vida e apresenta possibilidades do engajamento das visualidades da cena na luta antiprisional e abolicionista penal.</p>
2023-12-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Murilo Moraes Gaulêshttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/214731Espaço-tempo fluido: entrelaçamentos entre a cenografia digital, performance e animismo2024-01-10T09:12:31-03:00Christiane Lopes da Cunha
<p>Neste artigo, sugere-se um enfoque da cenografia digital, à luz de perspectivas animistas, na zona de contato entre cosmologias ameríndias, negro-africanas e afro-brasileiras, que, a partir de outras vivências e noções sobre ritmo e movimento, produzem relações comunicativas com a alteridade. Para isso, tecem-se considerações com as noções de ritmo, vibração, luz e som, segundo as conceituações apresentadas por Kaká Werá Jecupé e Amadou Hampâté Bâ. Adicionalmente, como objeto de reflexão em relação à cena expandida, trata da abordagem transmídia do coletivo Kawin, cujos procedimentos criativos investigam vivências rítmicas expandidas entre a dança, o som, as artes visuais e a cenografia digital. O estudo propõe, assim, uma abordagem não normativa da cenografia digital em sua interação com a performance.</p>
2023-12-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Christiane Lopes da Cunhahttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/214409Operários da cena: a divisão e a organização do trabalho cenotécnico2024-01-10T09:44:22-03:00Berilo Luigi Deiró NosellaPriscila de Souza Chagas do Nascimento
<p>Este artigo aborda o ofício da cenotécnica, compreendido como um sistema operacional ativo nas realizações dos eventos teatrais, seja na organização do espaço cênico, seja na construção e operação dos aparatos cenográficos. Partimos das questões “o que é a cenotécnica?”, “o que faz a cenotécnica?” e “como se faz a cenotécnica?”, em adição a fatores como tempo, etapas, espaços, máquinas e ferramentas de trabalho, que são relacionados ao sujeito que os manipulam: o trabalhador cenotécnico. Foram analisados documentos legais, bibliografias e entrevistas produzidas com cenotécnicos atuantes na cidade de São Paulo que iniciaram suas carreiras na década de 1970. Tal conjunto investigativo compôs a pesquisa de mestrado que resultou na dissertação intitulada Cenotecnia, a criação dos operários da cena: um estudo sobre as funções dos trabalhadores cenotécnicos da cidade de São Paulo.</p>
2023-12-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Berilo Luigi Deiró Nosella, Priscila de Souza Chagas do Nascimentohttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/214761A luz e a visibilidade: uma reflexão sobre o processo da percepção visual, da luz ao olho e do olho ao cérebro2024-01-10T09:41:32-03:00Cibele Forjaz Simões
<p>Este artigo pretende descrever os fundamentos da percepção visual, da luz ao olho e do olho ao cérebro, ou seja, desde a fonte de luz até a sensação visual, procurando analisar, através de uma comunicação simples e direta, a natureza da luz, a morfologia dos olhos e as características e propriedades da visão, até chegar ao processo da percepção visual como ato criador, instituindo a noção de visualidade. Por fim, descreve a iluminação cênica como elemento de orquestração das visualidades nas artes cênicas.</p>
2023-12-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Cibele Forjaz Simõeshttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/209251A vitória das coristas francesas sobre a diretoria do Teatro de São Pedro de Alcântara (1850-1853)2024-01-10T08:52:41-03:00Luiz Costa-Lima Neto
<p>Abordamos o processo judicial que as coristas francesas Celine Suberbie e Constance Tarte Lalanne moveram contra a diretoria do Teatro de São Pedro de Alcântara, em 1850-1853. A partir de pesquisas em periódicos da época, apresentamos informações sobre as coristas, seus repertórios artísticos e sua relação com o contexto social. Discutimos como a comédia vaudeville em um ato La Tasse Cassée (A Xícara Quebrada), apresentada em benefício de Celine Suberbie, em 1853, estava relacionada com o processo judicial. Destacamos a importância do teatro musical francês para a circulação internacional de artistas, comportamentos, práticas culturais e ideias que se chocaram com a sociedade patriarcal e escravista brasileira da segunda metade no século XIX.</p>
2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Luiz Costa-Lima Netohttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/209422Modernidades teatrais no Brasil: circulação de ideias e práticas modernas entre grupos amadores e crítica teatral natalenses nos anos 1940-19602024-01-10T08:54:26-03:00Monize Oliveira Moura
<p>O artigo apresenta as transformações na cena teatral amadora natalense entre as décadas de 1940 e 1960, questionando como ela incorporou e propagou concepções teatrais modernas. Considera-se que a consolidação do teatro moderno no Brasil esteve relacionada, entre outras coisas, a um processo de dimensão transnacional de afirmação da ideia de um teatro de arte. A partir do cotejo entre três periódicos, observou-se: (1) a ideia de renovação teatral relacionada a montagens de textos de reconhecido valor literário e à preocupação com aspectos técnicos das encenações; (2) a recorrência à noção de teatro regional para caracterizar iniciativas de modernização cênica. Tais aspectos sugerem que Natal estava conectada, mas não de modo sincrônico, à mentalidade que dominou o campo em outras capitais.</p> <p><br /><br /></p>
2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Monize Oliveira Mourahttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/209859Docentes com licenciatura em teatro na Educação Básica: dados quantitativos de 2022 das escolas públicas no Brasil2024-01-10T08:49:07-03:00Tiago de Brito CruvinelTúlio Fernandes Silveira
<p>Este artigo compartilha parte dos dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2022 sobre a quantidade de docentes que atuam nas escolas públicas do Brasil, em diferentes regimes de contratação, com licenciatura em Artes, Artes Visuais, Música, Dança e Teatro – com o recorte analítico na formação em Teatro. Na análise dos dados, compara-se o número total de todas as áreas de conhecimento no Brasil com a área de Teatro, o que demonstra que a quantidade de docentes de Teatro se mostra ínfima. Esse baixo número pode levar a um eventual desaparecimento dos docentes de Teatro diante das políticas neoliberais de educação. Além disso, atesta-se a discrepância na efetivação de docentes de Teatro em comparação às Artes Visuais.</p>
2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Tiago de Brito Cruvinel, Túlio Fernandes Silveirahttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/209404Desnorteando referências: pensamentos (pós)/(des)/(de)colonial na formação do artista da cena2024-01-10T08:49:51-03:00Mariana Conde Rhormens Lopes
<p>Este artigo discute os conceitos colonialismo, colonialidade, pós-colonialismo, descolonialismo e decolonialismo, discorrendo sobre suas origens, histórias, correntes, principais semelhanças e diferenças. Para tal discussão traz pensamentos de Catherine Walsh, Mudimbe, Wole Soyinka, Walter Mignolo, Aníbal Quijano, Edward Saïd e Steven Feierman. Aprofundando o debate, põe em xeque questões sobre generalizações, contradições, acesso direcionado a pesquisas culturais, favoritismos e interculturalidade crítica. Reflete sobre como tais conceitos dialogam com a formação e referências especialmente nos cursos superiores de artes da cena, trazendo provocações e problemáticas ao leitor. Traz reflexões com o termo “desnortear”, propondo alterar as referências durante anos pautadas em experiências, histórias e saberes do Norte Global.</p>
2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Mariana Conde Rhormens Lopeshttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/209096A travessia do deserto: verdade e não-saber em Pornoteobrasil, do Tablado de Arruar2024-01-10T08:55:36-03:00Artur Sartori Kon
<p>Este ensaio analisa a peça teatral Pornoteobrasil, estreada pela companhia paulistana Tablado de Arruar em janeiro de 2019, primeiro mês do governo de Jair Bolsonaro. Observa-se como a arte pode estar à altura da urgência do tempo histórico sem pretender oferecer respostas e soluções prontas para os impasses que ele apresenta. Essa investigação nos permite ver o teatro político contemporâneo como pós-brechtiano, localizando a transformação do mundo não no plano das possibilidades, mas no campo do impossível.</p>
2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Artur Sartori Konhttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/205329Dramaturgia e corpocidade: poéticas do olhar e processos criativos2024-01-10T08:56:34-03:00Felisberto Sabino da CostaLuana Sevarolli Assis
<p>Este trabalho, que se vincula à pesquisa desenvolvida em O Círculo – Grupo de Estudos Híbridos das Artes da Cena1, busca discutir o conceito de corpocidade como uma possibilidade dramatúrgica, construída a partir da ação e do recorte de enquadramentos com o olhar. O contexto urbano contemporâneo aparece como um convite a transformar-se a partir da presença e da performatividade. Desse modo, o registro da experiência do e no corpocidade configura-se como possibilidade de constituir dramaturgias apontando para a eclosão de diferentes verdades, ao invés de uma única. Interessa-nos o recorte do dramaturgo (e da dramaturgia) que incorpora a urbe como disparadora desses processos. Assim, expõem-se algumas experiências que podem ser referências concretas de práticas e não um modelo a ser seguido. Muito se teoriza sobre como provocar a nós mesmos, artistas-pesquisadores, para que possamos despertar estados potenciais de criação, e essa pesquisa convida a olhar para a experiência na cidade como prática performativa.</p> <p> </p> <p> </p>
2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Felisberto Sabino da Costa, Luana Sevarolli Assishttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/209871Shakespeare transmitido: repensando o significado da performance ao vivo2024-01-10T08:51:29-03:00Paulo da Silva Gregório
<p>Enquanto as transmissões de montagens ao vivo têm sido instrumentos importantes pelos quais companhias britânicas como o National Theatre têm disseminado suas produções shakespearianas para além do espaço físico do teatro, elas levantam questões relevantes acerca da primazia do teatro enquanto veículo privilegiado de ressignificação de Shakespeare. Este artigo discute questões teóricas relativas ao modo como a linguagem marcadamente intermidiática desse gênero de adaptação shakespeariana cria novas formas de participação espectatorial que reconfiguram noções de ao vivo e de coparticipação, convencionalmente percebidas como traços constitutivos da identidade ontológica do teatro. Essas questões serão examinadas em relação a uma montagem britânica de Hamlet (2015), dirigida por Lyndsey Turner para o National Theatre, que foi também exibida nos cinemas como parte do projeto National Theatre Live. Veremos que, ao passo que as técnicas de filmagem empregadas na captura da performance ao vivo buscam reproduzir, na tela, a experiência do aqui-e-agora do teatro presencial, elas sinalizam formas alternativas de ressignificar a performance shakespeariana nas telas, tanto de modo síncrono quanto assíncrono.</p>
2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Paulo da Silva Gregóriohttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/210495Editorial2023-09-21T11:27:30-03:00Alessandra MontagnerAndreia NhurHenrique RochelleMarcos BulhõesSofia Rodrigues BoitoSuzana Schmidt ViganóVerônica Veloso2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Alessandra Montagner, Andreia Nhur, Henrique Rochelle, Marcos Bulhões, Sofia Rodrigues Boito, Suzana Schmidt Viganó, Verônica Velosohttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/206624Exu contra o messianismo: crítica de Esperando Godot no fim do mundo, encenada pelo Teatro Oficina2024-01-10T08:57:49-03:00Rafael Marino
<p>Este ensaio intenta fazer uma leitura crítica da peça Esperando Godot no fim do mundo, encenada pelo Teatro Oficina Uzyna Uzona em 2022. O argumento explorado ao longo do texto é que, com escolhas cênicas e textuais específicas, a companhia reorientou a peça de Samuel Beckett em um sentido afro-antropofágico, distinguindo significativamente essa montagem do sentido original do texto.</p>
2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Rafael Marinohttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/207656Teatralidades e performatividades em contextos necropolíticos2023-09-21T11:27:30-03:00Ileana DiéguezMarcos Bulhões
<p>Este texto explora estratégias representacionais desenvolvidas por artistas e pela sociedade civil para interpelar o excessivo uso do poder em regimes patriarcais como o cubano, especialmente a partir dos massivos protestos sociais de 11 de julho de 2021, antecedidos pelos movimentos San Isidro e 27N. Apostamos na potência dos corpos raivosos como resultado da violência exercida sobre as pessoas em regimes de controle totalitário e práticas necropolíticas. A teatralidade do Estado pode ser utilizada para reforçar um sistema panóptico, que intenta subjugar toda forma de dissidência e resistência, do mesmo modo que desenvolve uma performatividade punitiva. Porém, esses mesmos dispositivos são utilizados em atos e gestos de subversão cívica que tornam visíveis a brutalidade dos poderes. Em um enfoque comparativo, são retomadas ações realizadas por artistas em outros contextos de extrema violência, como no México, para visibilizar as formas pelas quais os necropoderes se inscrevem nos corpos. Finalmente, se questionam as possíveis colaborações do silêncio diante dos necropoderes.</p>
2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Ileana Diéguez, Marcos Bulhõeshttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/207797Razão calcinada: crítica de teatro Amazonas, da companhia Azkona & Toloza2023-09-21T11:27:31-03:00Valmir Jesus dos Santos
<p>Espetáculo denuncia a promíscua e histórica cumplicidade de governos e da iniciativa privada com atividades extrativistas ilícitas, motores da crise ambiental na Amazônia, bioma que tem 60% de sua extensão no norte do Brasil. Chama a atenção por meio de procedimentos do documentário audiovisual, da técnica <em>verbatim</em> e das formas animadas que ganham dimensões sensoriais. Há uma lógica intrínseca em termos de dramaturgia expandida, como na confluência de volumes, luzes, sombras e objetos que pouco a pouco transformam o palco nu em uma instalação escultórica.</p>
2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Valmir Jesus dos Santoshttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/203044Colombianización: pornoterrorismo e mundos de morte na videoperformance de Nadia Granados2023-09-21T11:27:32-03:00Ribamar José de Oliveira Junior
<p>Neste artigo, reflito sobre extrativismo e estética a partir da performance <em>Colombianización </em>de Nadia Granados que estreou dia 3 julho de 2018 no México. Por meio das afetações com o cabaré multimídia da artista colombiana assistido no Tranzac Club em Toronto, Canadá, busco relações entre pornoterrorismo e necropolítica diante da violência nas artes da cena. Ao trazer o dispositivo <em>drag king</em> como paródia do masculino, a artista esgarça paisagens extrativas do tráfico de drogas na Colômbia pelos mundos de morte do capitalismo em seu estado <em>gore</em>. O corpo de Nadia Granados está presente, mas vale pensar sobre essa presença frente a que, a quem e com quem. Na performance, vejo um cabaré que permite a transformação de políticas performativas em experimentação, sobretudo, em um lugar de produção de novas subjetividades.</p>
2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Ribamar José de Oliveira Juniorhttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/206033Editorial2023-04-13T13:50:07-03:00Alessandra MontagnerAndreia NhurHenrique RochelleMarcos BulhõesSofia Rodrigues BoitoSuzana Schmidt ViganóVerônica Veloso2022-12-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Alessandra Montagner, Andreia Nhur, Henrique Rochelle, Marcos Bulhões, Sofia Rodrigues Boito, Suzana Schmidt Viganó, Verônica Velosohttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/204191Somos todos Laika: o teatro, a morte e a condição humana uivando para o infinito: Suzana Schmidt Viganó entrevista Marcelo Soler2023-09-21T11:27:31-03:00Suzana Schmidt ViganóMarcelo Soler
<p>A professora e pesquisadora Suzana Schmidt Viganó entrevista o professor, pesquisador e diretor da Cia. Teatro Documentário, Marcelo Soler. Nesta entrevista, conversamos sobre processos artísticos e pedagógicos que trazem como ponto de partida o tema da morte em diferentes âmbitos, proporcionando a investigação sobre a experiência teatral com atores e não atores, professores e crianças, dialogando artística, filosófica e socialmente com a questão da morte na sociedade contemporânea.</p>
2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Suzana Schmidt Viganó, Marcelo Solerhttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/203755Eu, protagonista – crítica de fuck me, de Marina Otero2023-01-04T17:47:31-03:00Heloísa Helena Pacheco de Sousa
<p>Este texto traz uma análise crítica da obra Fuck me, da diretora, autora e intérprete Marina Otero, e apresenta algumas escolhas cênicas da artista que reverberam em questões emergentes para a cena contemporânea latino-americana no que diz respeito às experimentações sobre o teatro do real e as possibilidades de protagonismo feminino.</p>
2022-12-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Heloísa Helena Pacheco de Sousahttps://revistas.usp.br/salapreta/article/view/200155A necropolítica juvenil da pátria-mãe-hostil racista brasileira in cena2023-09-21T11:27:33-03:00Régia Mabel da Silva Freitas
<p>Este artigo descreve a violação do direito à vida de jovens negros pobres abordada no espetáculo <em>Erê</em> (2015), do Bando de Teatro Olodum — a mais antiga companhia de Teatro Negro de Salvador. Metodologicamente, optou-se pela pesquisa exploratório-descritivo de natureza qualitativa e a coleta de dados se deu a partir de depoimentos da companhia e revisão bibliográfica exclusivamente de teóricos negros. Os resultados apontaram que a necropolítica juvenil brasileira expressa a hostilidade da lógica racista que diuturna e desmedidamente extermina de maneira trivial e sem regras jovens negros pobres.</p>
2023-09-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Regia Mabel Freitas