Preditores de síndrome da apneia obstrutiva do sono em caminhoneiros

Autores

  • Clarissa Mari de Medeiros Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho
  • Erika Nakashima Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho
  • Esmeralda Feijó Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho
  • Fabianne Bonnet Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho
  • Luana Sarti e Silva Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho
  • Lyvia Lorena Gandra Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v21i1p28-37

Palavras-chave:

Apneia do Sono Tipo Obstrutiva, Acidentes de Trânsito, Condução de Veículo, Fatores de Risco.

Resumo

O acidente de trânsito é uma das principais causas de morbimortalidade no mundo e estudos demonstram que cerca de 20% deve-se à falta de atenção e/ou sono excessivo. A sonolência em demasia pode ser considerada como um potencial indicador da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) quando combinada com sobrepeso ou obesidade, pressão arterial elevada e circunferência cervical aumentada. Estudos sugerem que motoristas profissionais têm uma maior prevalência de SAOS do que a população em geral, motivo de preocupação para a segurança no tráfego. No Brasil, a Resolução nº 425 de 27/11/2012 trata especificamente da avaliação dos distúrbios do sono, incluindo seus parâmetros. O projeto “Comandos de Saúde nas Rodovias” (CSR), desde 2006, realiza as chamadas blitzes educativas nas estradas, tendo a detecção de fatores de risco à saúde dos caminhoneiros como seu principal objetivo. Destarte, com os dados obtidos através de exames e questionários aplicados durante os CSR em duas cidades de São Paulo em 2014, foi realizado o presente estudo, observacional e transversal, objetivando estimar a prevalência dos preditores de SAOS em motoristas de caminhão no estado brasileiro de São Paulo (Brasil). Os resultados revelaram indicadores fora dos padrões considerados desejáveis. A pressão arterial sistêmica elevada apresentou prevalência alterada em mais de ¼ dos condutores; o Índice de Massa Corporal (IMC) > 30 kg/m² foi constatado em 29,5% dos participantes; a Circunferência Cervical (CC) foi superior a 45 cm em 6% dos motoristas e 5,7% dos participantes obtiveram 12 ou mais pontos na Escala de Sonolência de Epworth (ESE). Com este estudo, alerta-se para o grave problema da sonolência excessiva nas rodovias nacionais e ressalta-se a necessidade da inclusão progressiva desta doença entre as condições médicas que suscitam atenção específica nos exames da Medicina de Tráfego e saúde do condutor.

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Biografia do Autor

  • Clarissa Mari de Medeiros, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho

    Médica Coordenadora do Trabalho do Hospital Bandeirantes. Pós-graduada em Medicina do Tráfego pela Faculdade de
    Medicina da Universidade de São Paulo.

  • Erika Nakashima, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho

    Residente em Medicina do Trabalho da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Especializandas em Medicina
    de Tráfego da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

  • Esmeralda Feijó, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho
    Especializanda em Medicina de Tráfego da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
  • Fabianne Bonnet, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho

    Residente em Medicina Legal e Perícias Médicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Especializandas
    em Medicina de Tráfego da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

  • Luana Sarti e Silva, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho
    Residente em Medicina do Trabalho da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Especializandas em Medicina
    de Tráfego da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
  • Lyvia Lorena Gandra, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho

    Residente em Medicina Legal e Perícias Médicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Especializandas
    em Medicina de Tráfego da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

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Publicado

2017-06-26

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Preditores de síndrome da apneia obstrutiva do sono em caminhoneiros. (2017). Saúde Ética & Justiça , 21(1), 28-37. https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v21i1p28-37