Cassirer pensador da técnica

Autores

  • João Príncipe Universidade de Évora. Instituto de História Contemporânea. Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência

DOI:

https://doi.org/10.11606/S1678-31662016000200005

Palavras-chave:

Cassirer. Forma. Formas simbólicas. Técnica. Mito do estado

Resumo

Este artigo apresenta e analisa as reflexões de Ernst Cassirer, concentradas em dois textos, sobre a técnica. Para a sua compreensão começa-se por estudar a sua filosofia das formas simbólicas, mostrando a sua fidelidade ao método transcendental kantiano; considera-se depois o pensamento alemão seu contemporâneo sobre a técnica, que inscreve esta no campo da cultura. No ensaio “Forma e técnica” (1930), Cassirer analisa a essência específica da técnica enquanto forma simbólica, bem como as suas relações com as outras formas simbólicas: o mito, a arte, a ciência e o cosmo ético. No livro O mito do estado (1946), a construção da ideologia totalitária é explicada pela fusão da técnica com o mito, apresentando-se a genealogia do mito ariano e as técnicas de manipulação ao seu serviço. Cassirer dá-nos uma visão dramática do campo da cultura, a qual difere da do pessimismo da perspectiva trágica de Simmel, afirmando que a missão da filosofia é a de ser uma consciência lógica da cultura, simultaneamente sabendo-se colocar contra e para além dos tempos

Downloads

Publicado

2016-12-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar