INVESTIGAÇÕES SÔBRE A FEBRE Q EM SÃO PAULO

Autores

  • Luiz Augusto Ribeiro do Valle Instituto Adolfo Lutz
  • Helvécio Brandão Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo
  • Dácio de Almeida Christovão Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo
  • Mário D´Apice Instituto Biológico

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2358-792X.v9i1-2p167-180

Resumo

1) Reações de fixação de complemento para febre Q foram feitas em soros de tratadores de bovinos de um total de 8 granjas leiteiras, fazendas ou estabelecimentos situados no Estado de São Paulo. De 71 soros examinados, 65 eram negativos, 1 impediente e 5 positivos, sendo 2 no título de 1/8 e 3 no de 1/16. 2) De 20 tratadores de um rebanho (local 12), foi possível obter uma segunda amostra de sôro, 45 dias mais tarde. Os resultados obtidos em ambas as amostras colhidas dos mesmos indivíduos não mostraram diferença significativa de título. O mesmo fato foi observado no exame de soros de dois tratadores de um outro rebanho (local 10), em amostras colhidas com um intervalo de cêrca de 9 meses. 3) Foram estudados, também, os soros de 581 bovinos pertencentes a 9 rebanhos de granjas leiteiras, fazendas ou estabelecimentos especializados localizados no Estado de São Paulo. As provas sorológicas realizadas mostraram que, de 171 soros de bovinos estudados individualmente no título de 1/16, 131 eram negativos, 16 impedientes e 24 positivos, sendo 16 no título de 1/16, 5 no de 1/32, 2 no de 1/64 e 1 no de 1/256. 4) Os soros de duas novilhas de um rebanho (local 4) apresentaram os títulos finais de 1/32 e 1/64 numa primeira sangria. Os resultados obtidos, pelo exame de uma segunda amostra de sangue, colhida cêrca de dois meses mais tarde, mostraram uma queda significativa no título do primeiro animal para 1 I 4 e no do outro, um declínio para I /32. Os resultados das provas de fixação de complemento realizadas nos soros de 12 outros bovinos dêste mesmo rebanho, negativos no título de I /8, não mostraram variação significativa, quando estudados em uma segunda sangria realizada cêrca de 5 meses depois. 5) As tentativas de isolamento da Coxiella burnetii, pela inoculação em cobaias, de duas amostras de sangue, uma de leite e outra de placenta de bovinos~ provenientes de dois rebanhos estudados, foram negativas. 6) Foram feitas provas de fixação de complemento em 26 soros de bovinos recentemente importados da Holanda e da Inglaterra, dos quais 18 foram negativos, 2 impedientes e 6 positivos, sendo 5 no título de 1/16 e I no de 1/32.

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Biografia do Autor

  • Luiz Augusto Ribeiro do Valle, Instituto Adolfo Lutz
    Chefe da Secção de Virulogia do Instituto Adolfo Lutz, ex-chefe da Secção de Rickettsias do Instituto Butantan.
  • Helvécio Brandão, Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo

    Assistente  da Cadeira de Microbiologia e Imunologia Aplicadas (Prof. Lucas de Assumpção) da Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

  • Dácio de Almeida Christovão, Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo
    Assistente  da Cadeira de Microbiologia e Imunologia Aplicadas (Prof. Lucas de Assumpção) da Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo.
  • Mário D´Apice, Instituto Biológico
    Chefe da Secção de Epizootias do Instituto Biológico

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Publicado

1955-12-01

Edição

Seção

Não Definida

Como Citar

INVESTIGAÇÕES SÔBRE A FEBRE Q EM SÃO PAULO. (1955). Arquivos Da Faculdade De Higiene E Saúde Pública Da Universidade De São Paulo, 9(1-2), 167-180. https://doi.org/10.11606/issn.2358-792X.v9i1-2p167-180