Quilombo, território e geografia
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1808-1150.v0i3p156-171Palavras-chave:
Quilombo, identidade, território, territorialidade, segregação, sócio-espacial e racial, confinamento, relação sociedade-território.Resumo
Este artigo analisa a autoidentificação do quilombo por comunidades rurais no vale do Ribeira, na luta pelo acesso à terra, ancorada no artigo 68 da Constituição Brasileira, que garante o direito às terras de quilombos, no Brasil. A análise se estende ao fato de que comunidades de rappers, bem como outros moradores da periferia de Capão Redondo, em São Paulo, também vêm chamando para si a auto-identidade de quilombolas e para esses espaços da cidade, de quilombos. Procura-se entender que essa representação expressa, tanto a exclusão da terra no campo, como a segregação social, espacial e racial na cidade. Liga-se às relações desiguais e contraditórias, historicamente, presentes na constituição sociedade-território no Brasil. Em ambos os casos, os grupos buscam uma identidade comum. A identificação e a representação do quilombo torna-se base para a sobrevivência física e cultural, significando também a tentativa de reenraizamento social e espacial ou de criação de uma nova territorialidade, a inserção social pelo rap e a recuperação da auto-estima.Downloads
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Publicado
2005-12-17
Edição
Seção
Teoria em Debate
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Como Citar
Quilombo, território e geografia. (2005). Agrária (São Paulo. Online), 3, 156-171. https://doi.org/10.11606/issn.1808-1150.v0i3p156-171