A propaganda onipresente e a crítica ao ambiente urbano:
o retrato do situacionismo na série televisiva Black Mirror
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-1689.anagrama.2018.150086Resumo
Este artigo tem como intuito relacionar trabalhos do autor Guy Debord, incluindo sua colaboração no movimento europeu de crítica social Situacionismo (1957) e sua teoria da “Sociedade do Espetáculo”, com a série britânica Black Mirror, criada por Charlie Brooker. Termos presentes nas teses situacionistas, como Deriva e Psicogeografia, além da abordagem intensiva sobre utopia, servem de base para críticas e análises de episódios da série, como Fifteen Million Merits (2011), o escolhido para ser estudado neste trabalho. A propaganda onipresente e a crítica à criação humana do ambiente urbano são os principais pontos conectados, partilhados por ambas obras autorais, o que mostra a presença e atualidade das teses situacionistas no século XXI.