“Revolta da caneta": as escrevivências de mulheres afro-brasileiras através da poesia do slam no Campeonato Paulista de Poesia Falada de 2022

Autores

  • Laura Ferreira de Abreu Universidade de São Paulo. Centro de Estudos Latino - Americanos de Cultura e Comunicação
  • Vinicius Romanini Universidade de São Paulo. Escola de Comunicação e Artes

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-1689.anagrama.2023.213452

Palavras-chave:

Slam, Poesia falada, Mulheres negras no slam, Afro - brasileiras

Resumo

Esta análise de produto cultural/social busca entender a importância do Slam como espaço de amplificação e visibilização das vivências femininas afro-brasileiras. Como objeto de estudo, serão utilizadas as poesias apresentadas por cinco poetas negras na final do Campeonato de Poesia Falada de São Paulo 2022. Partindo do princípio do conceito de escrevivência da Conceição Evaristo, este artigo sustenta a inferência que as poesias destas slammers carregam todas as suas experiências marcadas pelas discriminações de raça, gênero e classe.

 

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Biografia do Autor

  • Laura Ferreira de Abreu, Universidade de São Paulo. Centro de Estudos Latino - Americanos de Cultura e Comunicação

    Pós-graduanda em Mídia, Informação e Cultura no Centro de Estudos Latino-Americanos de Cultura e Comunicação (CELACC) da USP. Graduada em jornalismo pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).

  • Vinicius Romanini, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicação e Artes

    Professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA), do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCOM) e do Programa de Pós-Graduação em Estética e História da arte (PPGEHA). Pesquisador do Centro de Estudos Latino-Americanos de Cultura e Comunicação (CELACC).

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Publicado

2023-12-11

Como Citar

“Revolta da caneta": as escrevivências de mulheres afro-brasileiras através da poesia do slam no Campeonato Paulista de Poesia Falada de 2022. (2023). Anagrama, 17(2), 1-17. https://doi.org/10.11606/issn.1982-1689.anagrama.2023.213452