Museus, coisas e pessoas
três estudos de caso para refletir sobre os vínculos entre materialidade e vida social
DOI:
https://doi.org/10.1590/1982-02672019v27e19Palabras clave:
Estudos de Cultura Material, Antropologia do Consumo, Museus, NarrativasResumen
O presente artigo busca demonstrar a pertinência dos estudos relativos aos vínculos estabelecidos entre pessoas e objetos no entendimento da vida social contemporânea. Para tanto, fundamenta-se a partir de referências teóricas que, em distintas proporções, refletem a respeito da cultura material, entre elas Daniel Miller, Colin Campbell, Grant McCraken, Mary Douglas e Baron Isherwood, Igor Kopytoff e Tania Andrade Lima.5 Para efeito de recorte, os museus serão contemplados como lugares privilegiados na observação de tais vínculos. Nesse sentido, o artigo traz, como exemplos, o Sherlock Holmes Museum (Londres, Inglaterra), o DDR Museum (Berlim, Alemanha) e o Harley-Davidson Museum (Milwaukee, Estados Unidos). Trata-se de ressaltar a importância das pesquisas sobre a relação entre as pessoas e os objetos, nesta proposta favorecida por meio de narrativas ficcionais, de narrativas de períodos históricos e de trajetórias que se desenham em estilos de vida e pertencimentos.
Descargas
Referencias
FONTES IMPRESSAS
SABINO, Mario; ALEXANDER, Cíntia. Berlim, cidade aberta. In: VEJA. Edição especial, n. 2340,
ano 46, p. 158-162, set. 2013.
ZOBARAN, Eduardo. Milwaukee, motocicletas e cervejarias a um pulo de Chicago. Jornal O
Globo, Rio de Janeiro, 9 jun. 2016 [atualizada em 15 set. 2017], Boa Viagem. Disponível em:
<https://glo.bo/2n9FjqB>. Acessado em: 29 jan. 2017; 26 nov. 2018.
LIVROS, ARTIGOS E TESES
APPADURAI, Arjun. A vida social das coisas: as mercadorias sob uma perspectiva cultural.
Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2008.
BAUDRILLARD, Jean. A Sociedade de Consumo. Lisboa: Edições 70, 1995.
BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e Simulações. Lisboa: Relógio d’Água, 1991.
BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp, 2007.
CAMPBELL, Colin. Eu compro, logo sei que existo: as bases metafísicas do consumo moderno.
In: BARBOSA, Lívia; CAMPBELL, Colin (Org). Cultura, consumo e identidade. Rio de Janeiro:
FGV, 2006.
DOUGLAS, Mary; ISHERWOOD, Baron. O Mundo dos Bens: para uma antropologia do
consumo. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004.
DOYLE, Conan. O cão dos Baskerville. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
ECO, Umberto. Seis passeios pelos bosques da ficção. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
HAENFLER, Ross. Subcultures: the basics. Nova York: Routledge, 2014.
KEMPE, Frederick. Berlim, 1961: Kennedy, Khruschóv e o lugar mais perigoso do mundo. São
Paulo: Companhia das Letras, 2013.
KOPYTOFF, Igor. A biografia cultural das coisas: a mercantilização como processo. In:
APPADURAI, Arjun. A vida social das coisas: as mercadorias sob uma perspectiva cultural.
Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense, 2008.
LIMA, Tania Andrade. Cultura material: a dimensão concreta das relações sociais. In: Boletim
do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 6, n. 1, p. 11-23, jan-abr. 2011.
MCCRACKEN, Grant. Cultura e consumo. Rio de Janeiro: Mauad, 2003.
MILLER, Daniel. Trecos, troços e coisas: estudos antropológicos sobre a cultura material. Rio
de Janeiro: Zahar, 2013.
MILLER, Daniel. Consumo como cultura material. In: Horizontes Antropológicos: Porto Alegre,
ano 13, n. 28, p. 33-63, jul.-dez. 2007
MILLER, Daniel. Artefacts and the meaning of things. In: Companion Encyclopedia of
Anthropology. London: Routledge, 1994, p. 396-419.
PEREIRA, Cláudia; SICILIANO, Tatiana; ROCHA, Everardo. “Consumo de experiência” e
“experiência de consumo”: uma discussão conceitual. In: Logos. Dossiê: Cotidiano e
Experiência, v. 22, p. 6-17, 2015.
PONTES, Mario. Elementares: notas sobre a história da literatura policial. Rio de Janeiro:
Odisséia, 2007.
SAHLINS, Marshall. Cultura e razão prática. Rio de Janeiro: Zahar, 2003 [1976].
SIMMEL, Georg. Psicologia do Dinheiro e outros ensaios. Lisboa: Edições Texto & Grafia, 2009.
TAYLOR, Frederick. O muro de Berlim: um mundo dividido 1961-1989. Rio de Janeiro:
Record, 2009.
WEXLER, Bruce. The mysterious world of Sherlock Holmes. Inglaterra: Pepperbox, 2012.
SITES
DDR MUSEUM. Berlim. Disponível em: <https://bit.ly/2l4KebP>. Acesso em: 3 jul. 2017; 22
nov. 2018.
DEUTSCHE WELLE. Trabant, o carro da Alemanha Oriental. [Vídeo, 5min19s]. 28 out. 2014.
Disponível em: <https://p.dw.com/p/1DdVg>. Acesso em: 10 jan. 2018; 25 nov. 2018.
FRANCE PRESSE. Ingleses acham Sherlock Holmes existiu, mas Churchill não, diz pesquisa.
In: G1. 3 fev. 2008. Atualizado em 3 fev. 2008. Disponível em: <https://glo.bo/2l08xaG>.
Acesso em: set. 2015; nov.2018.
HARLEY-DAVIDSON MUSEUM. Milwaukee, WI, EUA. Disponível em: <https://bit.ly/2nbkgUK>.
Acesso em: 5 jan. 2018.
THE SHERLOCK HOLMES MUSEUM. Londres. Disponível em: <https://bit.ly/1k6FEkC>. Acesso
em 5 jun. 2019.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).