Olhar decolonial no arquivo especular de Jonathas de Andrade
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2024.172982Palavras-chave:
Arte contemporânea, Forma-arquivo, Fotografia expandida, Instalação, VideoarteResumo
O trabalho de Jonathas de Andrade explora ecos do passado colonialista, em especial na população e nos imaginários nordestinos, bem como a herança cultural do projeto modernista que marcou a arquitetura e o urbanismo brasileiros na segunda metade do século XX. As suas obras criam um curto-circuito de enunciados e temporalidades, engendram um imbricamento entre o corpo da imagem e a imagem dos corpos, colocando em operação a cartografia das cidades e o mapeamento das subjetividades. Neste artigo apresentamos um breve panorama das obras do artista nos detendo em: Amor e Felicidade no Casamento (2007), Educação para Adultos (2010), 4000 disparos (2010), Tombamento (2013), ABC da cana (2014), O caseiro (2016) e O Peixe (2016). Nos valemos de um aporte teórico de Rancière, Foster, Bosi, entre outros.
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