Estratégias de ressignificação no cinema de found footage feito por mulheres
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2022.190499Palavras-chave:
Found footage, Mulheres, Ressignificação, Identidade de gêneroResumo
Neste artigo, propomos o levantamento e análise da prática do found footage na obra de cineastas e artistas mulheres. Aproximamos os estudos de found footage aos estudos de gênero através da ideia de ressignificação presente na obra de Judith Butler, para quem as identidades de gênero são construídas socialmente por meio da repetição de identidades coletivas dominantes e podem ser ressignificadas também na sua repetição. Ao transpormos a ideia de ressignificação para o audiovisual, nossa intenção será pensar como a repetição de imagens em novos contextos pode desafiar seu significado original. A partir desta hipótese, proporemos um conjunto de estratégias de ressignificação empregadas com relevância nessa produção: a repetição, a compilação, o conflito, a continuidade e a materialidade.
Downloads
Referências
ARTHUR, Paul. On the Virtues and Limitations of Collage, Documentary Box, [S. l.], v. 11, 1998, n.p.
BARON, Jamie. The Archive Effect: Found Footage and the Audiovisual Experience of History. 1ª ed. Nova York: Routledge, 2014.
BRENEZ, Nicole; CHODOROV, Pip. Cartografia do Found Footage, Revista Laika, [S. l.], v. 3, n. 5, 2014, pp. 1-11.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 6a ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
DALL’ASTA, Monica; CHIARINI, Alessandra. Editors’ Introduction, Feminist Media Histories, [S. l.], v. 2, n. 3, 2016, pp. 1-10.
DE LAURETIS, Teresa. A Tecnologia do Gênero. In HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Tendências e impasses - O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994, pp. 206-242.
DYER, Richard. Gays and Film. Londres: British Film Institute, 1977.
EISENSTEIN, Sergei. A forma do filme. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
ELSAESSER, Thomas. The Ethics of Appropriation: Found Footage between Archive and Internet, Found Footage Magazine, [S. l.], n. 1, out. 2015, pp. 30-37.
GUNNING, Tom. Poetry in Motion. In CHILD, Abigail. This is Called Moving: A Critical Poetics of Film. Tuscaloosa: The University of Alabama Press, 2005, pp. xi-xx.
HORAK, Laura. Queer Crossings: Greta Garbo, National Identity, and Gender Deviance. In BEAN, Jennifer; KAPSE, Anupama; HORAK, Laura. Silent Cinema and the Politics of Space. Bloomington / Indianapolis: Indiana University Press, 2014, pp. 270-294.
KOTZ, Liz. Complicity: Women Artists Investigating Masculinity. In GIBSON, Pamela Church; GIBSON, Roma. Dirty Looks: Women, Pornography, Power. Londres: British Film Institute, 1993, pp. 101-123.
LEYDA, Jay. Films Beget Films: A Study of the Compilation Film. Nova York: Hill and Wang, 1964.
LLOYD, Justine. Domestic Destinies: Colonial Spatialities, Australian Film and Feminist Cultural Memory Work, Gender, Place & Culture, [S. l.], v. 21, n. 8, 2014, pp. 1045-1061.
RUSSELL, Catherine. Archiveology: Walter Benjamin and Archival Film Practices. Durham e Londres: Duke University Press, 2018.
RUSSO, Vito. The Celluloid Closet: Homosexuality in the Movies. Nova York: Harper&Row, 1987.
SJÖBERG, Patrik. The World in Pieces: A Study of Compilation Film. Estocolmo: Aura förlag, 2001.
TRALLI, Lucia. Layers of Film, Encrusted Images, Feminist Media Histories, [S. l.], v. 2, n. 3, 2016, pp. 73-89.
WEES, William C. Recycled Images: The Art and Politics of Found Footage Films. Nova York: Anthology Film Archives, 1993.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Clara Bastos Marcondes Machado

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos por lei de Direitos Autorais. A revista Ars não é responsável por quebras de Direitos Autorais feitas por seus colaboradores.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob Licença Creative Commons do tipo CC-BY.
Os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, inclusive para fins comerciais, conquanto deem os devidos créditos ao autor ou licenciador, na maneira especificada por estes.
O licenciado se compromete a oferecer os créditos apropriados, o link para acesso à licença e a informar caso qualquer alteração no material original tenha sido feita.
Conquanto respeitados os termos da licença, não é permitida ao licenciador/autor a revogação dessas condições.
Após a publicação dos artigos, os autores permanecem com os direitos autorais e de republicação do texto, sendo permitida sua publicação posterior exclusivamente em livros inéditos e coletâneas.