Labirintos de materialidades expostas: um estudo do erótico, grotesco e absurdo na obra de Takato Yamamoto
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2024.215682Palavras-chave:
Erotismo, Grotesco, Informe, RizomaResumo
Neste artigo, analisamos como na obra do artista japonês Takato Yamamoto os espaços e os corpos são colapsados, ao se mesclarem e ao dissolverem os limites uns dos outros. Para isso, nos valemos do “informe”, verbete formulado por Georges Bataille, e do “rizoma”, conceito criado por Gilles Deleuze e Félix Guattari, para entendermos de que maneira o erótico, o grotesco e o nonsense são articulados a partir da heterogeneidade como desordens surgidas do entrelaçamento do interior e do exterior. Investigamos, assim, imagens dos livros de Takato Yamamoto, com o intuito de perceber como a abertura dos corpos interage com o espaço, criando indeterminações e ao mesmo tempo labirintos de materialidades expostas.
Downloads
Referências
ASTRUC, Rémi. Le Renouveau Du Grotesque Dans Le Roman Du Xxe Siecle: Essai d’Anthropologie Litteraire. Paris: Classiques Garnier, 2010.
BARTHES, Roland. “Texto (teoria do)”. In: BARTHES, Roland. Inéditos volume 1: teoria. Trad.: Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
BARTHES, Roland. A metáfora do olho. In: BATAILLE, Georges. História do olho. Tradução de Eliane Robert Moraes. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
BATAILLE, Georges. História do olho. Tradução de Eliane Robert Moraes. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
BATAILLE, Georges. Oeuvres complètes I. Paris: Gallimard, 1970a.
BATAILLE, Georges. Oeuvres complètes II. Paris: Gallimard, 1970b.
BELLMER, Hans. Petite anatomie de l’inconscient physique ou l’anatomie de l’image. Paris: Éditions Allia, 2008.
BLANCHOT, Maurice. 1980. L’écriture du désastre. Paris: Éditons Gallimard.
BOIS, Yve-Alain; KRAUSS, Rosalind. Formless: a user’s guide. New York: Zone Books: 1999.
BURUMA, Ian. Inventing Japan: 1853–1964. New York: The Modern Library, 2003.
CAMUS, Albert. O mito de Sísifo. Trad. Mauro Gama. Rio de janeiro: Editora Guanabara, 1989.
CARROLL, Noël. A Filosofia do Horror ou paradoxos do coração. Campinas: Papirus: Ed, Unicamp, 1993.
CONNELLY, Frances S. The grotesque in western art and cultures: the image at play. New York: Cambridge University Press, 2012.
CROWLEY, Patrick; HEGARTY, Paul (Orgs.). Formless: way in and out of form. Bern: Peter Lang, 2005.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 1. Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. São Paulo: Editora 34, 1995.
FLACCUS, Quintus Horatius. Arte poética. Tradução de Dante Tringali. São Paulo: Editora Musa, 1993.
FLACCUS, Quintus Horatius. Arte poética. Tradução de Guilherme Gontijo Flores. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2020.
MELTZER, Françoise. Sobre a questão da Aufhebung: Baudelaire, Bataille e Sartre. Revista Crítica de Ciências Sociais, 75, outubro, 2006, p. 3-19.
GASCHÉ, Rodolphe. The Heterological Almanac. In: BOLDT-IRONS, Leslie Anne (Org.). On Bataille: Critical Essays. Albany: State University of New York Press, 1995.
HARPHAM, Geoffrey Galt. On the grotesque: strategies of contradiction in art and literature. New Jersey: Princeton University Press, 2006.
HANSEN, Maria Fabricius. The Art of Transformation: Grotesques in Sixteenth-Century Italy. Rome: Edizioni Quasar di Severino Tognon, 2018.
HOLLIER, Denis. Against architecture: the writings of Georges Bataille. Trad. Besty Wing. Massachusetts: The MIT Press, 1989.
KATO, Shuichi. Tempo e espaço na cultura japonesa. Trad. Neide Nagae; Fernando Chamas. São Paulo: Estação Liberdade, 2012.
KAYSER, Wolfgang. O grotesco. Tradução de J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 1986.
MERLEAU-PONTY, Maurice. O visível e o invisível. 4. ed. Tradução de José Artur Gianotti e Armando Mora d’Oliveira. São Paulo: Perspectiva, 2000.
NAKAMURA, Yukihiko. Gesaku ron. Tokyo: Kadokawa Shoten, 1966.
PALACIOS, Jesús (Org.). Eroguro, horror y erotismo en la cultura popular japonesa. Asturias: Satori Ediciones, 2018.
PAWLETT, William. Violence, Society and Radical Theory Bataille, Baudrillard and Contemporary Society. Burlington: Ashgate Publishing Company, 2013.
PFLUGFELDER, Gregory M. Cartographies of Desire. Berkeley: University of California Press, 1999.
POLLIO, Vitruvius. Tratado de arquitetura. Tradução, introdução e notas de M. Justino Maciel. São Paulo: Martins, 2007.
REICHERT, Jim. Deviance and Social Darwinism in Edogawa Ranpo’s Erotic-Grotesque Thriller Koto no Ōn. Journal of Japanese Studies, n. 27, 2001.
RODRÍGUEZ, Amaury A. García. O desejo e a representação nas gravuras eróticas japonesas Shunga. Estudos Japoneses, n. 28. São Paulo: 2008.
SAITO, Tamaki. Otaku Sexuality. In: BOLTON, Christopher; CSISCERY-RONAY JR., Stan; TAKAYUKI, Tatsumi (Orgs.). Robot Ghosts and Wired Dreams: Japanese Science Fiction from Origins to Anime. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2007.
TAKEUCHI, Melinda. The art of the ephemeral. In: PROSER, Adriana. The art of impermanence: Japanese works from the John C. Weber Collection and Mr. and Mrs. John D. Rockefeller 3rd Collection. New York: Asia Society Museum, 2020.
TINSLEY, Elizabeth. The Composition of Decomposition: The Kusōzu Images of Matsui Fuyuko and Itō Seiu, and Buddhism in Erotic Grotesque Modernity. Journal of Asian Humanities at Kyushu University. 2, pp.15-45, 2017.
YAMAMOTO, Takato. Allure of Pharmakon. Tokyo: Editions Treville, 2004.
YAMAMOTO, Takato. Altar of Narcissus. Tokyo: Editions Treville, 2002.
YAMAMOTO, Takato. Coffin of a Chimera. Tokyo: Editions Treville, 2010.
YAMAMOTO, Takato. Divertiment for a Martyr. Tokyo: Editions Treville, 2006.
YAMAMOTO, Takato. Necrophantasmagoria. Tokyo: Editions Treville, 2012.
YAMAMOTO, Takato. Nosferatu. Tokyo: Éditions Treville, 2018.
YAMAMOTO, Takato. Rib of a Hermaphrodite. Tokyo: Editions Treville, 2008.
YAMAMOTO, Takato. Scarlet Maniera. Tokyo: Editions Treville, 1998.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Alexandre Rodrigues da Costa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos por lei de Direitos Autorais. A revista Ars não é responsável por quebras de Direitos Autorais feitas por seus colaboradores.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob Licença Creative Commons do tipo CC-BY.
Os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, inclusive para fins comerciais, conquanto deem os devidos créditos ao autor ou licenciador, na maneira especificada por estes.
O licenciado se compromete a oferecer os créditos apropriados, o link para acesso à licença e a informar caso qualquer alteração no material original tenha sido feita.
Conquanto respeitados os termos da licença, não é permitida ao licenciador/autor a revogação dessas condições.
Após a publicação dos artigos, os autores permanecem com os direitos autorais e de republicação do texto, sendo permitida sua publicação posterior exclusivamente em livros inéditos e coletâneas.
