Lá onde não estamos: o sonoro em Através (1983-1989)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2024.220445Palavras-chave:
Através, Cildo Meireles, Sonido, Imagem visual, Ruído, TopologiaResumo
Por entre transparências de banalidades do cotidiano, um estímulo sonoro fez com que Cildo Meireles concebesse Através. Neste artigo, analisamos a presença do sonoro na instalação do artista brasileiro, buscando articular história, teoria e crítica da arte, enquanto, como autora, ocupamos o lugar do sujeito perceptivo para uma abordagem fenomenológica. Recorremos à topologia como chave para investigar a relação entre visualidade e sonoro na instalação a partir de imagens sonoras, visuais e táteis. Destacamos a transparência e o ruído, as possibilidades de escuta e a caminhada em Através fundamentada no sonoro. Dentre outras fontes primárias, a pesquisa recorre a entrevistas realizadas pela autora com Cildo Meireles entre 2020 e 2022.
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