O bem-sucedido desastre de Bodyspacemotionthings, de Robert Morris: 1971 vs 2009
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2025.222980Palavras-chave:
Arte participativa, Escultura, Instalação, Pós-modernismo, Virada performativaResumo
Neste artigo apresenta-se uma leitura crítica da obra Bodyspacemotionthings, parte integrante da primeira exposição de Robert Morris na Europa, em 1971. A aspiração do artista por uma obra de arte que engajasse corporal e cinestesicamente os visitantes é aqui analisada como exemplar da virada performativa da arte do período. Para a análise da obra e de sua potência disruptiva, é levada em conta a produção escultórica de Morris nos anos 1960 e seu envolvimento com a cena da dança pós-moderna. Por fim, reflete-se sobre a remontagem da obra em 2009, questionando uma possível perda de sua força crítica original.
Downloads
Referências
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Chapecó, SC: UniChapecó, 2009.
AKBAR, Arifa. Tate rebuilds installation that left the biggest impression. Independent, 2009. Disponível em: https://www.independent.co.uk/arts-entertainment/art/news/tate-rebuilds-installation-that-left-the-biggest-impression-1663392.html Acesso em: 15 mar. 2024.
BANES, Sally. Democracy’s body: judson dance theater (1962-1964). Durham, London: Duke University Press, 1983.
BANES, Sally. Greenwich Village 1963: avant-garde, performance and the effervescent body. Durham; London: Duke University Press, 1993.
BANHAM, Reyner. It was SRO and a disaster. The New York Times, May 23, p. 28, 1971. Disponível em: https://www.nytimes.com/1971/05/23/archives/itwas-sroand-a-disaster.html Acesso em: 15 mar. 2024.
BAUDRILLARD, Jean. Tela Total: mito-ironias do virtual e da imagem. Porto Alegre: Sulina, 2011.
BBC ARCHIVE. The Tate closed the Robert Morris exhibition, Bodyspacemotionthings, due to boisterous art fans. BBC, 2016. Disponível em: https://www.facebook.com/share/v/184Tvf7Now/ Acesso em: 3 nov. 2025.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Porto Alegre: L&PM, 2019.
BIRD, Jon. Minding the body: Robert Morris’s 1971 Tate Gallery retrospective. In: Robert Morris. Cambridge: The MIT Press, 2013.
BRYAN-WILSON, Julia. Robert Morris’s art strike. In: Robert Morris. Cambridge: The MIT Press, 2013.
CORRÊA, Patricia Leal Azevedo. Robert Morris em estado de dança. 2007. Tese (Doutorado em História) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.
DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 1974.
EHRENZWEIG, Anton. A ordem oculta da arte: um estudo sobre a psicologia da imaginação artística. Rio de Janeiro: Zahar, 1969.
FISCHER-LICHTE, Erika. The transformative power of presence: a new aesthetics. New York: Routledge, 2008.
FORTI, Simone. Five Dance Constructions & Some Other Things. [performance]. Nova York: Loft Yoko Ohno, 1961.
FOSTER, Hal et al. Questionnaire on “The Contemporary”. October, [s. l.], v. 130, p. 3-124, 2009. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/40368571 . Acesso em: 15 out. 2024.
FOSTER, Hal. O retorno do real: a vanguarda no final do século XX. São Paulo: Ubu, 2017.
GUYTON, Wade. Robert Morris by Wade Guyton. Interview Magazine, 2014. Disponível em: https://www.interviewmagazine.com/art/robert-morris . Acesso em: 15 mar. 2024.
HASKELL, Barbara. Blam!: the explosion of pop, minimalism, and performance (1958-1964). New York: Whitney Museum of American Art, 1984.
HUDSON, Mark. Robert Morris’ ‘Bodyspacemotionthings’ at the Tate Modern, review. The Telegraph, 2009. Disponível em: https://www.telegraph.co.uk/culture/art/art-reviews/5386206/Robert-Morris-Bodyspacemotionthings-at-the-Tate-Modern-review.html Acesso em: 15 mar. 2024.
HUYSSEN, Andreas. Mapeando o pós-moderno. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pós-modernismo e política. Rio de Janeiro: Rocco, 1992.
JAMESON, Frederic. Pós-modernidade e sociedade de consumo. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, n. 12, v. 2, jun. 1985.
JUDSON dance theater: the work is never done. Nova York: Museum of Modern Art (MoMA), 2018.
KRAUSS, Rosalind. A escultura no campo ampliado. Gávea, Rio de Janeiro, n. 1, 1984.
LYGIA Clark: the abandonment of art, 1948–1988. Nova York: Museum of Modern Art (MoMA), 2014.
MARINA Abramović: the artist is present. Nova York: Museum of Modern Art (MoMA), 2010.
MICHAELIS: dicionário brasileiro da língua portuguesa. Cinestesia. 2024. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/cinestesia/. Acesso em: 10 set. 2024.
MORRIS, Robert. Bodyspacemotionthings. Londres: Tate Gallery, 1971.
MORRIS, Robert. Continuous project altered daily: the writings of Robert Morris. Cambridge: The MIT Press, 1993.
MORRIS, Robert. Simon Grant interviews Robert Morris. Tate Etc., [s. l.], n. 14, sep. 2008. Disponível em: https://www.tate.org.uk/tate-etc/issue-14-autumn-2008/simon-grant-interviews-robert-morris. Acesso em: 15 mar. 2024.
OTHER primary structures. Nova York: Jewish Museum, 2014.
PLYWOOD show. Nova York: Green Gallery, 1964.
PRIMARY structures. Nova York: Jewish Museum, 1966.
ROBERT Morris. Londres: Tate Gallery, 1971.
ROBERT Morris: recent works. Nova York: Whitney Museum of American Art, 1970.
SMITH, Terry. Art to come: histories of contemporary art. Durham, London: Duke University Press, 2019.
SPIVEY, V. B. Sites of subjectivity: Robert Morris, minimalism, and dance. Dance Research Journal, [s. l.], v. 36, p. 113-130, 2004.
SPIVEY, Virginia B. The minimal presence of Simone Forti. Woman’s Art Journal, [s. l.], v. 30, n. 1, p. 11-18, 2009.
TATE MODERN. Seminal Robert Morris exhibition re-created for UBS Openings: the long weekend. 2025. Disponível em: https://www.tate.org.uk/press/press-releases/seminal-robert-morris-exhibition-re-created-ubs-openings-long-weekend. Acesso em: 15 mar. 2024.
WESTERMAN, Jonah. Robert Morris exhibition, Tate Gallery, 1971; Bodyspacemotionthings,Tate Modern, 2009. 2025. Disponível em: https://www.tate.org.uk/research/publications/performance-at-tate/perspectives/robert-morris. Acesso em: 15 mar. 2024.
WHEN attitudes become form. Milão: Fondazione Prada, 2013.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Guilherme Meletti Yazbek

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos por lei de Direitos Autorais. A revista Ars não é responsável por quebras de Direitos Autorais feitas por seus colaboradores.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob Licença Creative Commons do tipo CC-BY.
Os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, inclusive para fins comerciais, conquanto deem os devidos créditos ao autor ou licenciador, na maneira especificada por estes.
O licenciado se compromete a oferecer os créditos apropriados, o link para acesso à licença e a informar caso qualquer alteração no material original tenha sido feita.
Conquanto respeitados os termos da licença, não é permitida ao licenciador/autor a revogação dessas condições.
Após a publicação dos artigos, os autores permanecem com os direitos autorais e de republicação do texto, sendo permitida sua publicação posterior exclusivamente em livros inéditos e coletâneas.
