Contribuição para o conhecimento do ciclo evolutivo da Turgida turgida (rud., 1819) trav., 1920 (Nematoda: Spiruroidea)

Abstract

O ciclo evolutivo da Turgida (Phy[1]saloptera) turgida (Rud. 1819) Trav., 1920, foi parcialmente estudado por Alicata (1). Este autor ministrou a exemplares de Blatella germânica ovos embrionados do parasita e, 14 dias de[1]pois, sacrificando três insetos, encontrou, na cavidade geral, larvas em primeiro e segundo estádios, assim como larvas em muda; no 27.9 dia após a infestação, dissecou mais duas baratas e nelas encontrou larvas em terceiro estádio. As diversas larvas foram sumariamente descritas. Por outro lado, procurando estudar o ciclo do helminto no hospedeiro verte[1]brado, mas não dispondo de marsupiais, que são os hospedeiros habituais, ministrou larvas em terceiro estádio ao coelho, cobaia, rato, cão, gato e o pinto. Um mês depois sacrificou estes animais. O cão, a cobaia e o pinto mostraram-se negativos; no coelho e no gato observou larvas fixadas à mucosa gástrica, larvas estas idênticas às que havia minis[1]trado aos animais um mês antes; final[1]mente no rato observou larvas encista[1]das na parede do estomago. Estando, pois, o ciclo da T. turgida conhecido apenas em parte, isto é, no hospedeiro intermediário, e assim mesmo de um modo incompleto, resolvemos estudar o assunto, aproveitando a circunstância de ser a T. turgida frequente entre nós, pois, de 31 exemplares de gambá, Didelphis paraguayensis Oken, 1916, capturados nos arredores da cidade de Ribeirão Preto, S. P., 7 (22,5%) se mostraram parasitados.