A biblioteca escolar Enfermeira Zélia Maria Teixeira Cavalcante e a educação permanente em saúde: recurso didático-pedagógico
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-5894.berev.2021.162223Palavras-chave:
Biblioteca escolar, Curriculo, Educação permanente, Estratégias de aprendizagemResumo
Analisa a Biblioteca Escolar Enfermeira Zélia Maria Teixeira Cavalcante enquanto recurso didático-pedagógico em sala de aula do Centro de Ensino Profissionalizante “Escola Técnica de Saúde Professora Valéria Hora (ETSAL)” da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL). A Escola Valéria Hora oferta cursos nos níveis fundamental e médio (ensino técnico multiprofissional na saúde), através das instâncias gestoras da Política Nacional e Estadual de Educação para a Saúde em Alagoas. Inicialmente as atividades da escola atendiam as demandas da comunidade através de processo seletivo anual, cuja proposta pedagógica é feita por disciplina. Discussões sobre a Política de Educação em Saúde no estado; tornou a ETSAL integrante da Rede de Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde (RETSUS), criada pelo Ministério da Saúde. Sua participação na rede modificou a estrutura física e administrativa com a proposta formativa para alunos/trabalhadores do Sistema Único de Saúde. Os cursos passaram a ser ofertados nos 102 municípios alagoanos (descentralizados) e migraram da metodologia tradicional de ensino para metodologia ativa de aprendizagem com a prática de ensino por problematização e estudo de caso e estrutura organizada por currículo integrado. O objetivo do estudo é verificar as nuances que envolvem o setor administrativo e a biblioteca como um elemento importante para a construção da subjetividade do estudante. O percurso metodológico adotou como tipo de pesquisa o estudo de caso, tendo como instrumento para a coleta de dados a observação direta participante. Os resultados apontam para a inexistência de um diálogo efetivo entre os atores envolvidos nas práticas pedagógicas da escola de modo a inserir a biblioteca no currículo escolar. Além disto, foi possível observar que a atuação da biblioteca é mínima no projeto político-pedagógico, o acervo é inadequado, inexistem recursos tecnológicos e infraestrutura adequada, a frequência de usuários esporádica e, ainda, não possui bibliotecário. Conclui que no âmbito dos cursos descentralizados é necessário trabalhar também com a Biblioteca Virtual em Educação Permanente em Saúde e a inclusão de um referencial bibliográfico que remeta ao acervo físico, virtual ou misto para atender as demandas informacionais dos cursos na prática de ensino-aprendizagem em sala de aula. Por fim, considera que os materiais utilizados pelos instrutores e pelos alunos devem utilizar fontes de pesquisas científicas com critérios de qualidade nos campos de integração ensino-trabalho-comunidade, tornando a Biblioteca Escolar Enfermeira Zélia Maria Teixeira Cavalcante mais uma ferramenta pedagógica importante na aquisição e disseminação da informação.
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