Conjuntos de sulcos longos, sinuosos e subparalelos sobre planos de acamamento de ritmito do Subgrupo Itararé (Permiano Inferior), aflorante perto de Trombudo Central, Santa Catarina são interpretados como marcas de arrasto de icebergs ("iceberg scours"). Os sulcos ocorrem associados a abundantes clastos caídos e a pelotas, montículos e lentes de detritos despejados ("dumped") pelo derretimento de icebergs flutuantes, e a lentes de detritos possivelmente acumulados de icebergs aterrados. O ritmito foi depositado em um corpo de água doce, de razoável tamanho e relativamente profundo, pelo menos em parte como varves, durante o último episódio de deglaciação da glaciação neopaleozóica. Marcas de arrasto de icebergs são relativamente comuns em plataformas marinhas modernas e pleistocênicas, mas não são conhecidas no registro mais antigo, a despeito da preservação geológica seletiva de rochas glácio-marinhas. Trata-se da primeira descrição pormenorizada de marcas de arrasto de icebergs em estratos pré-pleistocênicos