Revisão fitoestratigráfica do grupo Itararé no Rio Grande do Sul: I. Acampamento velho, Cambai Grande, Budo e Morro Papaléo

Autores

  • Miriam Cazzulo-Klepzig UFRGS; Curso de Pós-graduaçâo em Geociências
  • Margot Guerra-Sommer UFRGS; Curso de Pós-graduaçâo em Geociências
  • Gerrado Eugénio Bossi UFRGS; Curso de Pós-graduaçâo em Geociências

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-8978.v11i0p55-76

Resumo

O conteúdo paleoflorístico dos afloramentos Acampamento Velho, Cambai Grande, Budó e Morro Papaléo é revisado criticamente, incluindo perfis estratigráficos detalhados com localização dos níveis fossilíferos. Foram assinalados vários gêneros de plantas, registrados anteriormente apenas para Morro Papaléo e Acampamento Velho, destacando-se, de modo especial, a presença de Rubidgea Tate 1867, também reconhecida nas tafofloras de Bajo de Velis (Argentina) e Cerquilho (São Paulo), datadas como Sakmariano. Os elementos vegetais e invertebrados marinhos sâo encontrados em camadas superpostas, às vezes mesclados. A paleoflora encontrada nos afloramentos Cambai Grande e Acampamento Velho (onde ocorrem invertebrados) é alóctone e foi transportada de áreas emersas vizinhas, não existindo portanto, níveis marinhos e continentais intercalados; os perfis começam com arenitos grosseiros, que indicam fácies litorâneas, talvez continentais, as quais passam rapidamente, para cima, a siltitos marinhos finamente estratificados. A passagem, sem fácies de praia definidas, pode significar a rápida ingressão do mar numa área de relevo irregular. No afloramento Morro Papaléo não se evidenciou a presença de invertebrados marinhos, enquanto que no afloramento Budó foram registrados apenas restos de organismos marinhos, sem confirmar a presença de Floia-Glossopteris.

Downloads

Publicado

1980-12-01

Edição

Seção

nao definida