Polens e esporos são, até o momento, pela sua abundância e ocorrência generalizada, os únicos fósseis do Neopaleozóico brasileiro que têm se mostrado capazes de fornecer dados bioestratigráficos operacionais. O acervo de informações a eles correspondentes, iniciado em 1869, teve um grande incremento a partir de 1953, e é representado atualmente por cerca de 100 trabalhos, de caráter científico ou técnico, publicados ou inéditos. As informações disponíveis referem-se às Bacias do Paraná (que concentra cerca de 80% da literatura especializada), Amazonas, Parnaíba, Sergipe/Alagoas, Recôncavo/Tucano/Jatobá e Alto Tapajós. O trabalho apresentado tem por objetivo a análise crítica da fração disponível dessa literatura (publicada ou acessível para consulta), evidenciando o nível atual de conhecimentos e concentrando informações que têm sido apresentadas em geral de modo disperso e não comparativo. A partir da análise efetuada, um quadro geral de correlação estratigráfica é apresentado. Algumas diretrizes são também sugeridas, visando a orientação de futuras linhas de pesquisa na utilização de dados palinológicos nos campos acadêmico e aplicado.