Sôbre alguns Foraminifera da costa do Estado de São Paulo

Autores

  • J. de Paiva Carvalho
  • E. M. Leclere Chermont

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0373-55241952000100007

Resumo

Neste trabalho, estudam-se 27 espécies de foraminiferos colecionados ao longo da costa do E. de São Paulo. Para tanto, operaram os autores em seis praias principais, como sejam: Praia do Rabo Azedo, na Ilha de São Sebastião, praia das Flexeiras, situada no continente, próximo à cidade de São Sebastião, Ponta da Praia e Boqueirão, em Santos, praia de Itararé, em São Vicente e Praia de Fora, na Ilha Comprida, em Cananéia. Efetuaram-se coletas no canal de São Sebastião bem como èm regiões próximas a Caraguatatuba e Ubatuba, além de pontos situados na entrada da barra de Cananéia e adjacências das ilhas de Bom Abrigo, Vitória e Anchieta. Os trabalhos de dragagem foram efetuados era profundidades que oscilaram entre 0m80 e 12 metros. Das 27 espécies relacionadas até o presente, 21 são provenientes do litoral norte, das quais 3 ocorrem também no centro do litoral do Estado (Santos e São Vicente). Seis são da região sul da costa bandeirante (Cananéia). Dentre as praias visitadas, as do litoral norte revelaram-se mais produtivas, salientando-se, entre todas, a Praia das Flexeiras. Embora menos rica, a Praia de Itararé forneceu material variado e interessantíssimo. Em relação aos gêneros representados pelo maior número de espécies, figuram, em primeiro lugar: Quinqueloculina e Discorbis, vindo a seguir o gênero Bolivina. Embora fazendo-se representar por pequeníssimo número de exemplares, o gênero Lagena segue aos acima referidos posto que até agora, tenha sido representado somente por duas espécies. Os demais 14 figuraram, cada um, com uma só espécie. Os autores investigaram, preliminarmente, o grupo sob o prisma puramente taxonómico para conhecimento das principais espécies ocorrentes no litoral do E. de São Paulo, tencionando prosseguir, em maior profundidade, na pesquisa biológica e, sobretudo, ecológica. Assim, investigam a ocorrência de determinadas formas nas diversas estações do ano, acompanhando a sua distribuição, tanto no estado planctónico como no sessil, quer nas praias, como nos sedimentos dos fundos, com o objetivo de conhecer a sua penetração e distribuição nos ambientes de águas salobras e doces do litoral paulista.

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Publicado

1952-12-01

Edição

Seção

naodefinido