On the uneven distribution of the Copelata of the Fernando de Noronha area

Autores

  • T. K. S. Björiberg
  • L. Forneris

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0373-55241956000100006

Resumo

Durante uma viagem à ilha Fernando de Noronha em Janeiro de 1954, a Dra. M. Vannucci e o Dr. E. F. Nonato coletaram amostras de plancton em várias estações ao norte e ao sul da ilha. A tabela 1 mostra o número das estações, sua posição geográfica, outros dados tais como salinidade, hora de coleta, profundidade local e da coleta, tipos de redes usados, etc, assim como o número e a porcentagem de cada espécie de Gopelata encontrada em cada amostra. Comparando a população de Copelatá capturada ao norte e ao sul da ilha verificou-se que havia uma diferença bem marcada nas porcentagens das diferentes espécies por amostra, e que as águas do sul e do norte da ilha mostraram um quadro diferente de freqüências (Fig. 1) assim como foi diferente de cada lado da ilha a porcentagem das Famílias Oikopleuridae e Fritillaridae. Estas predominaram ao sul enquanto aquelas predominaram ao norte da ilha. Para estes fatos existem duas explicações possíveis: - ou a ilha funcionou como obstáculo às águas da Corrente Sul Equatorial provocando no seu lado noroeste uma subida de água das camadas inferiores e modificando assim as condições hidrológicas características da região, ou as diferenças observadas de amostra para amostra (Fig. 2) foram devidas não a diferenças hidrológicas, mas, sim a diferentes "nuvens" de Gopelata que ocorreram ao norte e ao sul da ilha, durante a época em que foi feita a coleta. H. longicauda mostrou ligeiro acréscimo na porcentagem relativa às outras espécies, quando coletada com rede pelágica (A) na superfície, quando comparada com as porcentagens em que ocorre em amostras coletadas por outras redes em profundidades maiores. A ocorrência de espécies neríticas (O. dioica e F. abjörnseni) nas estações mais próximas da costa (2 e 7) ambas situadas sobre a plataforma insular, não vem confirmar a idéia de Lohmann (1896, p. 109) de que haja influência da costa brasileira sobre a ilha, pois a intensidade da corrente Sul Equatorial nessa região em direção NW torná-la-ia muito improvável, e sim confirma a teoria de Ekman (1953, p. 313) de que as pequenas ilhas oceânicas agem como costas. As estações ao norte da ilha mostraram como população de Gopelata característica nestas amostras, em porcentagem decrescente as espécies O. fusiformis, F. borealis; e S. longicauda ou vice-versa, F. pellucida, e F. formica e S. magnum ou vice-versa; as do sul da ilha, freqüências elevadas de F. borealis, H. longicauda e porcentagens menores de O. fusiformis, F. pellucida e F. formica.

Downloads

Publicado

1956-12-01

Edição

Seção

naodefinido