Phoronidea from Brazil

Autores

  • Liliana Forneris

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0373-55241959000200001

Resumo

Phoronis hippocrepia Wright de Santos, Cananéia e Ubatuba, vive no eulitoral, na zona de máxima vasante, perfurando conchas de ostra ou sobre fauna que recobre rochas. Hermafrodita simultânea, com fecundação precoce interna. A eliminação dos corpúsculos polares dá-se na câmara incubadora. Larvas aí se desenvolvem até o estádio de 4 tentáculos, excepcionalmente até o de 8 tentáculos. As seguintes observações foram feitas: máximo de sobrevivência em aquário: 1 ano; época de reprodução: julho a março; duração da reprodução individual: mais de 15 dias; desenvolvimento: do ôvo à larva jovem - 4 dias; em natação livre - 9 a 12 dias; metamorfose - 2 horas. Máximo de 12 embriões na câmara incubadora. O adulto, quase imóvel, é muito sensível quando recém-coletado; perde parte da sensibilidade quando no aquário. Circulação sanguínea irregular, com cerca de 10 pulsações por minuto. Alimentação: principalmente diatomáceas; também protozoários. Espécie não necessariamente cavadora. A ocorrência em agregados parece acidental. Larva nada em círculos, subindo à superfície e mergulhando em seguida; perto da metamorfose, nada no fundo. Espécie euritérmica (temperaturas de 16 a 27ºC), suporta salinidades de 30,63 a 37,38 . Phoronis ovalis Wright observada em Santos no mesmo biótopo de P. hippocrepia. As descrições anteriores acrescenta-se: órgão lofoforal mediano, Impar; fibras gigantes pares, 2,5 micra de diâmetro, nem sempre conspícuas; fibras marginais e centrais presentes em cada feixe muscular longitudinal; nefróstoma pequeno com sua parede inferior curta ou prolongada para baixo. A larva aberrante foi reconhecida dentro de pequenos tubos chitinosos, em março. Actinotrocha bella (nome técnico novo) do plancton coletado ao largo da cidade de São Luís (E. do Maranhão) mostra, no máximo estádio obtido, 30 tentáculos larvais; os tentáculos definitivos são ausentes. Grande seio sanguíneo anterior. Divertículo impar do estômago. Metasoma desenvolvido, com musculatura longitudinal diferenciada em feixes. Órgão sensorial presente, constituído por uma acumulação de células glandulares basófilas. Retratores no capuz e no tronco. Vaso dorsal e lateral bem como capilares desenvolvidos. Camada muscular subepitelial presente. Actinotrocha chata (nome técnico novo) do plancton de Ubatuba, refere-se a uma larva jovem com 16 tentáculos, que pode representar uma A. wilsoni B com desenvolvimento retardado. Actinotrocha wilsoni B (nome técnico) das águas costeiras de Ubatuba para o sul até 34º41,5'S (altura da Lagoa Mangueira), e águas interiores de Cananéia e Paranaguá. No máximo estádio de desenvolvimento possui 26 tentáculos larvais e até 20 definitivos; estes dispõem-se em duas séries, uma de cada lado, sob os larvais. A larva é caracterizada pelas quatro massas de glóbulos sanguíneos que se fundem na metamorfose. Próximo da metamorfose os tentáculos larvais degeneram, permanecendo apenas os definitivos. O capuz começa a desintegrar-se 15 minutos após o início da evaginação do metasoma. Metamorfose no plancton ocorre, mas de modo anormal. Larva encontrada de julho a fevereiro com máximo em outubro. O adulto desconhecido, possui 48 feixes musculares longitudinais e uma única fibra gigante.

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Publicado

1959-01-01

Edição

Seção

naodefinido